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Editorial

Deixa que eu chuto

Por Werno Elias Koch – Empresário, proprietário da Integrity Imobiliária e Incorporadora, Corretor de Imóveis, Perito Avaliador Imobiliário credenciado pelo CNAI e Graduando em Gestão Imobiliária.

(45) 9 9801-6307

integrityimoveis@gmail.com

 

No século passado, tempo em que nem o bullying tinha este nome, as brincadeiras da “piazada” eram regadas a muitos apelidos.

Entre amigos, claro, caso contrário, dava pau.

Ferrugem, pereba, gordo, esqueleto, magrelo, tremelico, vara pau, Dumbo, faixinha, zarolho, ladrão de oxigênio, lombriga, cascão, língua presa, pezão, cabeção, dentinho, pataca, trovão, vermelho, negão, amarelo, azulão, branquelo, enfim, cores e tudo que se possa imaginar, tudo era permitido, até mesmo animais e pássaros, como girafa, tatu,  tartaruga, sagui, quati, tucano, bem te vi, pardal, ganso, pato, etc.

Se ficou alguma sequela disso tudo?

Acredito que não, mas qualquer dúvida, pergunte ao psiquiatra.

Dentre tantos apelidos, lembro muito do “deixa que eu chuto”, um coleguinha que era craque no futebol e toda vez que havia uma falta a ser cobrada, ele dizia com firmeza:

– Deixa que eu chuto!

Ele tinha até no caminhar normal dele aquele trejeito com o pé, parecendo sempre querendo chutar, mesmo sem bola.

Craque é craque e como sabemos que o mais importante é vencer, deixa ele decidir.

Sempre deixávamos.

Se bem que havia um respeito maior ainda pelo dono da bola, mas este é assunto para outra ocasião.

Ah, já sei, você quer saber qual era meu apelido, né?!

Não vou falar, mas acho que eu era um dos galãs desta história toda, visto os apelidos que saíam a torto e a direito por aí, sem dó nem piedade, igual flecha no escuro. Mas, com certeza eu tinha mais de um, isso com certeza.

Juramos que sempre havia amor nisso tudo…

Vamos agora traduzir esta conversa para os dias atuais e trazê-la para o mercado.

Qual mesmo?

– Imobiliário, querido senhor escritor!

– Adivinhou, querido senhor leitor!

Então hoje vou falar um pouco com o senhor proprietário, justamente no momento em que decide vender seu imóvel sozinho, sem intermediação de corretor ou imobiliária.

Primeiro passo, achar um pedaço de tábua nos fundos de casa, pregá-la em uma ripa, pegar tinta, pincel  e escrever na dita cuja: vende-se, adicionar um telefone de contato e fixar no imóvel.

Pode ser que tenha feito uma bela arte em um A4, ou comprou uma plaquinha na papelaria, mandou fazer na gráfica, enfim, deu seu jeito.

Feito isso, vai para seu trabalho, todo feliz. Chegando lá, deixa seu telefone no armário, na gaveta, na porta do carro, no silencioso, claro e vai cuidar da vida.

É horrível atender ligações enquanto se trabalha, não é mesmo?

Neste mesmo tempo, passa em frente ao seu imóvel um potencial comprador, que na mesma hora liga para o número que está na placa.

Não atende uma, duas, três vezes e o interessado desiste, pensando que sua ligação será retornada em breve.

Voltamos ao proprietário, e este, termina seu turno, cansado, louco para ir para casa descansar ou tenha também outro compromisso para a noite…

Até vê que houve uma ligação, mas a primeira coisa que pensa é que pode ser um spam, afinal é número desconhecido, deixa para lá.

Pensa assim: se ligar novamente, vejo quem é o chato e descarto, tem muito chato por aí, raciocina em voz baixinha.

Bem, neste tempo o interessado ligou para um telefone de outro imóvel muito parecido com o teu e… bingo!

O interlocutor atendeu no primeiro toque. Era um corretor muito prestativo, o qual levou a negociação de forma espetacular.

Alinhou todas as questões levantadas, avaliou outros bens oferecidos, bem como toda documentação, intermediou, ouviu, ouviu, falou… ouviu novamente e fechou o negócio.

Acredite, vejo ao menos uma vez por dia uma situação assim e tantas outras, mas não posso falar tudo agora, vira textão, ninguém aguenta mais textão, nem eu.

Senhor proprietário, já conversamos sobre isso noutras ocasiões e, com certeza, lhe entendo.

Sua prioridade é sua profissão, sua família e seu bem estar. Outras coisas podem e devem esperar.

Muitas vezes está no trânsito, viajando, de férias, em uma consulta médica, na apresentação de seu filho na escola, visitando seus pais, em uma conversa calorosa com um amigo, em um momento ímpar com sua namorada ou esposa, fechando um grande negócio para sua empresa, caso seja professor, dando aula, se for advogado, defendendo um cliente, médico, realizando uma cirurgia e por aí vai.

Querido senhor proprietário, lhe pergunto: o que você acha de deixar um craque chutar a bola para seu time, ou melhor, de deixar um corretor craque fazer acontecer a venda de seu imóvel?

Claro que o corretor ou a imobiliária irá ganhar a comissão sobre a venda.

É justo!

Na tua empresa, quem vende é o teu vendedor, em teu escritório, quem trabalha para que você possa executar tua função, é tua fiel secretária.

No teu time, quem faz o gol para te ver feliz, é o craque da equipe.

Qual o problema de deixar o mais capacitado chutar?

Vivemos em um mundo onde o justo é que todos ganhem, cada um com seu talento.

Vamos criar a #deixaqueeuchuto

Deixa, vai!

http://integrityimoveis.com.br/

Editorial
Kelli Cristina Scherer e Leomar André Thiel - Diretores da Revista Paz

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Olga Koch

    19 de novembro de 2021 em 09:39

    amei o texto, excelente…

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