“Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou”. Colossenses 3:13
O perdão é uma verdadeira faxina em nosso interior. Ele atua como um poderoso antibiótico, acabando com infecções emocionais e espirituais que tentam destruir nossa alma, consumir nossa alegria e destruir nossas tentativas de se relacionar bem com os outros.
É impossível vivermos uma vida cristã saudável sem o exercício do perdão, digo exercício porque precisamos desenvolver o perdão como um hábito.Constantemente somos feridos, assim como somos usados para ferir. Relacionar-se significa estar suscetível às ofensas, mas não necessariamente ser afetado por elas. A vida de um cristão que exercita o perdão é como uma panela antiaderente: as injustiças, as ofensas e palavras mal ditas vão passar pela nossa existência, mas não vão grudar; a sujeira passa por ali, mas é facilmente retirada pela esponja do perdão.
Quem cresceu assistindo ao Chaves, lembra de uma máxima do Sr. Madruga: “a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”. De fato, perdoar é uma questão de bom senso. Muitas pessoas tomam doses diárias de veneno, esperando que seus inimigos morram. Quem não perdoa se torna escravo da mágoa, vive atormentado pelos seus desejos de vingança e torturado constantemente pela amargura, que cresce como erva daninha, tomando conta de grande parte dos pensamentos e sentimentos. As consequências de se tornar escravo da mágoa não param no âmbito emocional; é cientificamente comprovado que muitas doenças físicas e mentais têm sua origem em mágoas e ressentimentos mal resolvidos pela falta de perdão.
Jesus ao tomar forma humana, em tudo se identificou conosco. Ele foi por inúmeras vezes ofendido com palavras, falsas acusações, traições, açoites e torturas, mas em todo tempo o que aprendemos de Jesus é o perdão. Jesus deixou um exemplo magnífico de que é possível perdoar e ser livre. Mesmo em seu momento mais difícil, pendurado numa cruz, mesmo sabendo que não merecia nada daquilo proclamou: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.
Não apenas com seu exemplo, mas também em seus ensinamentos, Jesus ordenou a perdoar: “E, quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial perdoe os seus pecados. Mas, se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está nos céus não perdoará os seus pecados” Mc 11: 25-26. Fomos perdoados por Deus da dívida impagável dos nossos pecados, agora seguindo Seu exemplo, vamos estender o perdão ao nosso próximo, merecendo ou não.
Assim como Jesus, inúmeras pessoas durante a história foram livres ao aprender uma verdade preciosa: perdão não é um sentimento, mas uma decisão! Não perdoamos porque a pessoa mereça, nem porque estamos sentindo vontade de perdoar, mas porque entendemos que fomos perdoados e é da vontade de Deus que vivamos livres.
Você está vivendo escravo da mágoa e do ressentimento? Seja livre com a capacidade que Jesus te dá para perdoar! Coloque-se diante de Deus e decida perdoar e largar este peso. Faça esse exercício diariamente até que a sujeira deixada pela mágoa seja limpa e substituída pela graça de Deus.