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Páscoa!
“… Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” João 1:29
Páscoa: época em que muitas pessoas se reúnem para celebrar a ressurreição de Jesus. A história é muito conhecida e nos remete a pensar sobre o que Ele vivenciou para que cada um de nós pudéssemos ser livres. Ele nos libertou do pecado e da morte, através do derramamento do Seu sangue na cruz… e ressuscitou! Através da ressurreição de Jesus, todo aquele que entrega a sua vida a Ele, torna-se Seu filho!
“… Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”
Já pensou sobre essa frase? Descubra detalhes lindos a respeito disso e seja edificado na nossa reportagem especial desta edição!
“Pesach”
De acordo com o pastor Vilson Scholl, da Primeira Igreja Batista em Marechal Cândido Rondon, a chegada da Páscoa é uma data muito especial. “Ao mesmo tempo em que usamos nossa criatividade para comemorar esta data, como o estar em família, esconder ovos e chocolates para os filhos encontrarem, esta celebração traz consigo bastante confusão. O que é a Páscoa? Páscoa é ovo de chocolate? O símbolo da Páscoa é um coelho? Afinal, o que se comemora na Páscoa? O que é a Páscoa? Preparando-nos para a sua chegada, que dista poucos dias de nós, é oportuno pensarmos no significado bíblico da Páscoa”, acredita.
O pastor Vilson explica que Páscoa vem do hebraico pesach, “passar sobre”. Foi quando Israel, após 400 anos de escravidão no Egito, foi libertado miraculosamente por Deus e constituído como seu povo. A Páscoa era o pacto entre Deus e Israel. Deus cuidaria do povo e Israel lhe seria obediente. Conforme o relato bíblico em Êxodo 12, a Páscoa era acompanhada e celebrada com três elementos importantes: o cordeiro, o participante e o sangue do cordeiro.
- O cordeiro
Deveria ser sem defeito e macho de um ano(v. 5), pois com um ano o cordeiro já estaria adulto. Tratava-se de um símbolo de Cristo — “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”(Jo 1:29), que começou seu ministério aos 30 anos (quando o hebreu alcançava a plenitude física) e foi sem pecado. Veja o que Pedro narrou sobre o sangue do Cordeiro:
1 Pedro 1:18-19 (NVT) | 18Pois vocês sabem que o resgate para salvá-los do estilo de vida vazio que herdaram de seus antepassados não foi pago com simples ouro ou prata, que perdem seu valor, 19mas com o sangue precioso de Cristo, o Cordeiro de Deus, sem pecado nem mancha.
O cordeiro deveria ser comido com pães ázimos (isto é: sem fermento, que era símbolo da corrupção — o fermento não era químico, era comida azeda ajuntada à comida boa para fermentá-la), e com ervas amargas (símbolo da amargura da escravidão), conforme o v. 8.
O cordeiro deveria ser inteiramente comido. O que sobrasse, seria queimado (v. 10). Um símbolo do sacrifício de Cristo, totalmente consumido em favor da humanidade. Por isso que Paulo chamou Jesus de “nossa páscoa”, como lemos em 1Coríntios:
1Coríntios 5.7-8 (NVT) | 7Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova, sem fermento, o que de fato são. Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. 8Por isso, celebremos a festa não com o velho pão, fermentado com maldade e perversidade, mas com o novo pão da sinceridade e da verdade, sem nenhum fermento.
O cordeiro simbolizava a obra de Jesus. Sua morte simbolizava a morte de Cristo por nós. Por causa do sangue do cordeiro na Páscoa, Deus passou por cima dos hebreus. Por causa do sangue de Cristo, Deus passa por cima de nós e não nos condena pelo pecado.
- O participante
A Páscoa deveria ser celebrada em família(Ex.12: 3-4). Israel deveria se ver como uma comunidade e não como uma massa de escravos. Trata-se, pois, de um símbolo da igreja, que é uma família, a família de Deus. Cristo nos salva para vivermos na comunhão da igreja. Não há vida cristã genuína sem comunhão com a família de Deus, a igreja.
As pessoas deveriam comer preparadas para a viagem e apressadamente (Ex. 12: 11). Outro simbolismo: eram peregrinos. O Egito não era o lugar deles. Eles tinham um destino, uma pátria. Da mesma maneira, um cristão compreende que é peregrino neste mundo. Nenhum de nós viverá para semente. Todos iremos daqui para a Terra Prometida. A Igreja compreende que é peregrina e que tem uma pátria melhor, como lemos:
Filipenses 3.20 (NVT) | Nossa cidadania, no entanto, vem do céu, e de lá aguardamos ansiosamente a volta do Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
A Páscoa judaica lembrava aos judeus que eles foram estrangeiros no Egito e que Deus lhes dera uma terra. O cristão sabe que é peregrino neste mundo e que Deus lhe deu uma pátria celestial:
João 14.1-3 (NVT) | 1“Não deixem que seu coração fique aflito. Creiam em Deus; creiam também em mim. 2Na casa de meu Pai há muitas moradas.. Se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar lugar para vocês 3e, quando tudo estiver pronto, virei buscá-los, para que estejam sempre comigo, onde eu estiver.
Somos peregrinos, em busca de uma pátria melhor, cujo acesso é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo — i.e., Cristo, nosso Cordeiro pascal.
- O sangue
O sangue era a cobertura que salvava. À meia-noite, cairia juízo sobre o Egito, mas onde houvesse o sangue na porta, haveria salvação e não haveria juízo (vv. 12-13). Simbolizava o sangue que Cristo derramaria na cruz para nos livrar do poder das trevas e da condenação eterna, como lemos em passagens tais quais: João 8.34-36e 1João 1.7-9.
O sangue do cordeiro que foi derramado e aspergido nas portas das casas dos judeus significava que eles estavam cobertos, Deus passaria por cima da casa, e não a julgaria. Da mesma maneira, quem está coberto pelo sangue de Cristo, quem crê no seu sacrifício na cruz pelo pecador, está coberto e não será jamais julgado: João 3.16-17.
O sangue do Cordeiro de Deus nos cobre do juízo divino.
A Páscoa do cristão não é ovo de chocolate nem seu símbolo é um coelho. Isto é festa popular. A verdadeira páscoa é a celebração de que Jesus morreu pelos nossos pecados.
Cristo é a verdadeira páscoa. Ele morreu numa semana de Páscoa, encerrando, assim, o trato de Deus com Israel (geopoliticamente falando); fazendo surgir outro povo: a Igreja, povo multirracial, multiétnico e atemporal, sem geografia.
O cristão, na Páscoa, lembra disto: Cristo morreu pelos nossos pecados. Esta sempre foi a verdadeira mensagem da Igreja: 1Coríntios 15.1-4. Cristo morreu por nossos pecados, como o cordeiro que morreu para que os israelitas tivessem liberdade. Mas Cristo ressuscitou, esta é a diferença. Por isso vale a pena crer Nele e viver em novidade de vida na comunhão da igreja local. “Agora, não precisamos ser rabugentos, implicando com tudo, e negarmos o aspecto cultural e festivo dos dias da Páscoa. Receba e dê ovos de chocolate, se você gostar e se tiver dinheiro para investir. Mas a verdadeira Páscoa é poder dizer que:
- Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu por nós, para nos dar a salvação;
- Fomos inseridos na igreja, a família da fé; vivemos em comunhão e constante celebração à caminho do céu;
- O sangue do Cordeiro de Deus nos cobre do juízo divino.
Que Deus te abençoe juntamente com sua família. FELIZ PÁSCOA”, finaliza.
Oferta de sangue!
De acordo com a pastora Marciele Dauana Metz Nascimento, da Igreja Evangélica Congregacional de Marechal Cândido Rondon, há uma canção que exalta Jesus Cristo como nosso refúgio e fortaleza, nossa força nas batalhas, o perfeito sacrifício. “O que para mim descreve um pouco do que Cristo é para a humanidade, apenas uma gota no imenso oceano do que Ele realmente é. Todos os dias, acordamos com o sol iluminando e demonstrando que a misericórdia do Senhor se renovou mais uma vez. Misericórdia essa que a bíblia nos revela desde o princípio. Pois no Antigo Testamento, Deus começa a preparar didaticamente o povo para entender a Sua imensa misericórdia, que se consumaria para todo sempre através da morte de Jesus na cruz. A forma que Deus prepara o povo para entender o sacrifício de Jesus é estabelecendo o holocausto, que era um sacrifício onde o animal era morto e seu sangue era derramado sobre o altar, onde o restante era queimado. O que podemos ver em Êxodo 29:16-18. O holocausto servia como oferta para perdão dos pecados”, explica.
“Creia e seja salvo”
Ela destaca que, muito antes de Moisés receber a Lei de Deus, já era prática oferecer holocaustos a Deus. Mas e como acontecia? Um animal sem defeito, que servia como substituto, levando o pecado da pessoa que o oferecia (Levítico 1:3-4). O fogo consumia completamente o holocausto, assim como o castigo de Deus consome o pecado. O sangue derramado do animal representava a morte da pessoa que tinha cometido pecado. Dentro desse universo simbólico dos sacrifícios de animais, havia o símbolo do cordeiro que também era um animal oferecido como holocausto para expiação dos pecados. Deste modo, quando alguém oferecia um cordeiro no templo, esse sacrífico marcava o perdão dos seus pecados e transgressões. Deus sabia que o holocausto não seria capaz de apagar todos os pecados do mundo todo, e inclusive que não haveriam animais o suficiente para toda humanidade oferecer em sacrifício toda vez que pecasse. Deus também é conhecedor da mente humana. Por isso estabeleceu a prática por um tempo, preparando a mente e o coração da humanidade para o sacrifício perfeito e eterno que seria consumado na cruz. “Sendo assim, Jesus Cristo se oferece para nós em sacrifício na Cruz para o perdão dos nossos pecados para a nossa salvação. Por isso, João exclama que Ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo (João 1:29). E como João sabe que é Jesus esse cordeiro? Porque, João viu o Espírito de Deus pousar sobre Ele no batismo. Jesus é o sacrifício perfeito, a vida Dele é uma oferta de amor em que Ele se entrega por nós. Como Jesus nunca pecou e era Deus, Seu sacrifício foi muito maior que um cordeiro. Ele pagou um preço tão alto que pode cobrir os pecados de todos que o aceitam como seu Salvador. Jesus tomou nosso lugar na morte, para nos dar seu lugar na Vida. Creia e seja salvo”, finaliza.
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