Pra. Mariana Wild – IDD Emanuel
Milagres… esperança… algo novo estava acontecendo nas ruas da Galileia, de Samaria, de Jerusalém. Em pequenos povoados, fagulhas de fé viraram a Revolução do amor e da graça.
Os personagens destas histórias mal sabiam que seriam lembrados por milhares de anos depois, e seriam referência de esperança para os desesperançados, os desorientados e os esquecidos.
A história da multiplicação dos pães e peixes seria a memória do suprimento milagroso. As curas seriam lidas para os enfermos, em hospitais e nas casas. A vida seria devolvida aos que não mais conseguiam acreditar.
Mas… eles não imaginavam que a sua fé atravessaria a crise final! Jesus, o autor da vida, seria entregue como um cordeiro ao matadouro. A Páscoa dos hebreus, com milhares de cordeiros mortos, seria revivida no sacrifício do Cordeiro de Deus, que tirou o pecado do mundo. E foi a Páscoa que colocou a vida de Jesus sob uma luz totalmente nova. Sem a Páscoa, sua morte seria uma tragédia. Mas Sua morte foi um recomeço. A esperança tinha apenas dado o ar da graça… ela voltou com força, para nunca mais morrer no coração daqueles que cressem.
Maria voltou ao túmulo de Jesus no domingo de manhã. Quem voltaria tão rápido ao túmulo de um falecido? Apenas uma mulher, movida pelo amor e pelo cuidado, ali se encontrou para cuidar do corpo de Jesus.
E foi ali, naquela manhã que começou com um sabor de dor e tristeza, que um Anjo apareceu. Confundido com um jardineiro, Maria lhe pergunta: ONDE COLOCARAM O CORPO DO MEU SENHOR?
Sua resposta foi a revelação de um enigma… como uma fagulha que se transforma em um fogo que consome! POR QUE BUSCAIS ENTRE OS MORTOS AQUELE QUE VIVE? ELE NÃO ESTÁ AQUI, MAS RESSUSCITOU!
Se o Domingo de Páscoa foi o dia mais emocionante na vida dos discípulos, para Jesus foi talvez o dia da ascensão. Ele, o Criador, que descera tanto e desistira de tanto, estava agora voltando para casa. Como um soldado retornando de uma guerra longa e sangrenta através do oceano.
No dia em que Jesus ascendeu aos céus, os discípulos ficaram ao redor, atônitos, como crianças que perderam os pais. Dois anjos enviados para acalmá-los fizeram a pergunta óbvia: “Varões galileus, por que estais olhando para o céu?”. O céu estava limpo, vazio. Mas continuaram parados e olhando, não sabendo como sair dali ou o que fazer em seguida. Por que Ele teve que partir?
Mas, olhando para a Sua Palavra, é fácil perceber que este foi o seu plano desde o início: Ele veio com o objetivo de partir novamente, não sem antes transferir a outros a sua missão.
A missão que Deus confiou ao Filho, estava sendo confiada a nós.
Como dizem os cristãos chineses, diante de um novo convertido: AGORA, JESUS TEM MAIS UM PAR DE OUVIDOS PARA OUVIR, UM PAR DE BRAÇOS PARA ABRAÇAR, E MAIS UM CORAÇÃO PARA AMAR AS PESSOAS!
Sim, somos os pequenos Cristos de nossa era. A igreja está onde Deus mora. O que Jesus trouxe para alguns — cura, graça e a boa nova da mensagem do amor de Deus — a igreja pode agora trazer a todos. Esse foi o desafio, ou a grande comissão, que Jesus deu exatamente antes de se desvanecer diante dos olhos dos discípulos entorpecidos. “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer”, explicara antes, “fica só. Mas se morrer, produz muito fruto”.
Jesus desempenhou o seu papel e depois partiu. Agora é a nossa vez.