Plim, plim, plim, plim, plim… Uma tortura, ninguém merece goteiras! Este barulho é capaz de enlouquecer qualquer cérebro. Por incrível que pareça, o som da queda contínua de gotas d’água incomoda mais do que o barulho de uma motosserra. Sim, isso já foi objeto de estudo científico. Há uma explicação lógica, envolvendo as vibrações produzidas pelo pingo sobre a superfície, que explicam porque o barulhinho repetitivo é tão chato ao tímpano humano. Os efeitos que este som causa aos ouvidos são realmente capazes de tirar o sono de alguém.
Você já imaginou viver para sempre ouvindo esse ruído?
Salomão fala dele em seus provérbios. Ele diz que ouvir uma mulher briguenta é como ouvir infinitamente o som de goteiras. Ele também diz (em seis provérbios diferentes), que seria melhor comer um pão seco e hortaliças no fundo de um quintal ou no deserto, do que se fartar de carne em uma casa luxuosa, mas com uma família briguenta.
O isolamento social deixou as famílias mais juntas do que antes. Notem que eu escrevi “juntas” e não “unidas”. Algumas famílias se fortaleceram, se reinventaram e tiraram ótimo proveito desses momentos. Outras, infelizmente, se deterioraram e deixaram pessoas amarguradas, rancorosas, feridas emocionalmente e, conforme narram as notícias, feridas, inclusive, fisicamente.
Esses dias eu e meu esposo conversávamos com um casal que estava brigado. A mulher nos disse que estava, simplesmente, tratando o marido como ele a tinha tratado por muitos anos. A forma que ela encontrou de lidar com a dor foi a vingança. Mas, como já dizia o Seu Madruga, “a vingança nunca é plena; mata a alma e a envenena”.
Ela não escutava o seu marido com a intenção de entender, mas de responder. Com isso, o relacionamento que era para ser de cumplicidade e entrosamento, se transformou em uma batalha. Agora, vence quem fala mais alto ou quem consegue distorcer a informação em favor de si. E qual é o prêmio para o vencedor? Um pacote abarrotado de fantasmas, decepções e mágoas.
Mas Salomão fala também de outro tipo de mulher, diferente da “mulher goteira”. No capítulo 14, versículo 1, ele diz: A mulher sábia edifica a sua casa. Por mais que os problemas existam, a mulher sábia sabe separar as coisas. Apoia, abraça e acolhe o seu marido, fazendo com que o lar seja o lugar para onde ele queira voltar, porque, para ele, aquele se tornou o melhor lugar do mundo. A mulher sábia sabe muito bem que gentileza gera gentileza, e quanto melhor ela trata o seu marido, melhor é tratada por ele. Quanto mais o respeita, mais é respeitada por ele.
Só a dona da casa sabe onde estão as goteiras, diz o ditado. A mulher que edifica sua casa sabe onde estão os pontos críticos no lar, e sabe muito bem o que fazer para consertá-los. Edificar o lar é uma missão dada por Deus e por isso, deve ser cumprida com excelência, com muito amor e muita oração.