A Psicologia e o seu olhar no contexto escolar

Por Yago Luis Winkelmann – Pós-graduando em Psicologia Social / Psicólogo do Colégio Evangélico Martin Luther / Professor das disciplinas de Psicologia do Desenvolvimento Humano e Projeto de Vida

No imaginário popular, sempre quando se pensa em um psicólogo, vem à cabeça aquele profissional que faz psicoterapia nas clínicas, que realiza diagnósticos, que busca identificar qual é o problema do e no paciente em questão. No entanto, esta é uma imagem estereotipada, construída historicamente pelos próprios profissionais da área, já que foi a partir desse modelo – clínico e individualizante – que a Psicologia iniciou seu trabalho nos mais diversos setores.

A Psicologia Escolar não começou diferente! O foco era avaliar o “aluno-problema” e patologizar sua incapacidade de se adaptar ao sistema de ensino. O fracasso escolar era lido como parte da essência do “aluno-problema” e, se o problema estava no aluno, a solução era postergá-lo e invisibilizá-lo. Essa visão obsoleta acabou sendo superada por uma nova visão de sujeito: um sujeito que se constitui ativamente a partir de sua realidade material, isto é, das suas experiências, relações, condições sociais e da sua cultura. Isso quer dizer que o caminho constrói a gente, mas, ao mesmo tempo, também construímos este caminho. É uma via de mão dupla! E, certamente, o período escolar compõe uma parte fundamental do “caminho” de uma pessoa. E é aí que entra a Psicologia Escolar!

A escola é um espaço importante para o desenvolvimento de um sujeito, seja ele intelectual, cultural ou até emocional. Por isso, um psicólogo precisa construir conjuntamente com a escola um espaço fértil para que todos possam desenvolver suas capacidades. Para isso, é preciso analisar tudo aquilo que influencia no aprendizado do aluno: suas habilidades e potencialidades, sua relação familiar, sua relação com os colegas, com o conteúdo estudado, com as metodologias utilizadas pelos professores… é por essa via que a Psicologia deve ajudar. Assim, enxerga o aluno em sua totalidade e, então, pode contribuir para a construção de seu belo “caminho”.