Por Zenaide Müller – Psicopedagoga e Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil do Colégio Evangélico Martin Luther
Quando falamos de psicomotricidade na educação infantil, abre-se um leque de informações que envolve a aprendizagem das crianças, visto que ela é de fundamental importância para o desenvolvimento do corpo e da mente no processo de ensino-aprendizagem.
Podemos dizer que, hoje, muitas crianças não vivenciam as brincadeiras com que nós, adultos, nos ocupávamos – como correr, pular corda ou pular tábua – ficando muitas vezes presas em um celular ou tablet, deixando ou desconhecendo as possibilidades de um mundo mágico e cheio de brincadeiras e criações que envolvem o seu corpo.
Ao trabalhar a psicomotricidade com as crianças, estamos enfatizando a formação de base indispensável para seu aprendizado motor, afetivo e psicológico. É através dos movimentos corporais que a criança cria a imagem do seu corpo. Como a psicomotricidade abrange toda a faixa etária da educação infantil de uma forma mais acentuada, a música e o movimento são fatores primordiais para o desenvolvimento da coordenação global, o que justifica a sua aplicação constante.
A criança é lúdica, aprende vivenciando e explorando diferentes possibilidades. Assim, quando estimulada a perceber os movimentos do seu corpo e descobrir seus próprios limites e capacidades, ela desenvolve e amplia suas habilidades.
A educação psicomotora auxilia de forma significativa o processo de desenvolvimento infantil e, por isso, segundo Le Boulch (1988), ela “deve ser praticada desde a mais tenra idade. Conduzida com perseverança, permite prevenir inadaptações, difíceis de corrigir quando já estruturadas”. Deste modo, percebe-se que o trabalho psicomotor é indispensável na etapa da educação infantil, considerando que é nesta fase que a criança recebe estímulos importantes para o seu desenvolvimento global.
O autor reforça ainda o papel primordial que a educação infantil tem no desenvolvimento da criança, tendo-se cuidado extremo com o tempo e o ritmo de cada uma, aliando o estímulo, o sentir e o fazer entre a criança, seus pares e o meio que a cerca.