Educação Socioemocional

Por Prof. Ms. Angelica Cristina Henick – Coordenadora Pedagógica do Fundamental I – Colégio Evangélico Martin Luther

Raiva, medo, tristeza, felicidade, calma, confusão… são tantos os sentimentos que podemos experienciar durante as diversas situações do dia, e com as crianças não é diferente. Falar das emoções, então, nem sempre é uma tarefa fácil. Para uma criança, conhecer e nomear as emoções, reconhecer a presença delas, os seus gatilhos e compreender o que elas estão tentando transmitir é um desafio ainda maior.

A nossa formação como indivíduos vai muito além do aspecto intelectual, ela contempla os aspectos físico, cognitivo, emocional e social. Abordar e trabalhar com as crianças assuntos que falam dos seus sentimentos também faz parte da formação do aluno. As competências socioemocionais estão presentes em todas as 10 competências gerais da educação básica do documento norteador da Educação no Brasil – BNCC (Base Nacional Comum Curricular), sendo uma delas “Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas”.

A educação emocional contribui para a formação cognitiva e executiva, como a mediação de conflitos, desenvolvimento de resiliência, ter autonomia para tomar decisões, ser proativo para identificar uma situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças – ou seja, quando a educação emocional é colocada em prática, tem-se vários benefícios. No âmbito educacional, por exemplo, isso reflete na aprendizagem, contribuindo para o rendimento escolar, bem como nas relações com os colegas, pois a criança aprende a construir relações saudáveis, ter empatia e respeito, compreender que nem sempre as coisas acontecem como ela quer, mas, mesmo assim, aprende a buscar reagir da melhor forma, aprende a não desistir frente às adversidades que se encontra para atingir seus objetivos e sonhos. Família, escola e sociedade em parceria cotidianamente contribuem para a formação de bons cidadãos.