Envelhecimento e saúde ocular

Por Dr Jean Pierre Mette Batisti – Médico Oftalmologista 

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Quem já tem 40 anos ou mais sabe que a visão já não é mais como era nos seus 20 anos. As palavras se cruzam, os olhos lacrimejam e o braço vai ficando cada vez mais curto para a leitura. Esse é o início dos sintomas do processo de envelhecimento ocular, o que chamamos de presbiopia. Além disso, com o envelhecimento, é comum o surgimento de outras alterações oculares que precisam ser diagnosticadas e acompanhadas por um médico oftalmologista para evitar um prejuízo visual que, por vezes, pode ser irreversível.

A principal alteração que venho chamar a atenção é a catarata. Ela consiste na opacificação do cristalino, uma das lentes naturais do olho humano. Hoje a catarata é a principal causa de cegueira reversível no mundo.

Seu tratamento consiste na prescrição correta das lentes corretivas nos seus estágios mais precoces e, em casos mais avançados, onde há prejuízo visual, ou em situações específicas, pode ser feita a cirurgia.

A segunda alteração ocular que gostaria de salientar é o glaucoma, uma doença degenerativa do nervo ótico e que, em muitos casos, está associada ao aumento da pressão intra-ocular, sendo ela seu principal fator de risco. Daí a importância de uma avaliação oftalmológica periódica, pois a perda visual relacionada ao glaucoma costuma ser silenciosa e irreversível e seu diagnóstico nas fases mais iniciais pode ser desafiador.

E, por último e não menos importante, gostaria também de falar sobre a degeneração macular relacionada à idade, uma doença muito séria que leva à morte dos fotorreceptores da mácula, região da retina responsável pela visão de nitidez. Esta doença não pode ser prevenida, mas fazendo o diagnóstico precoce, o resultado do tratamento pode ser mais favorável.