A frase acima, já pronunciada por mim, provavelmente por você e pela grande maioria das mulheres que já habitaram este planeta, é o título de um livro da escritora Joyce Meyer, que indico para leitura e que trata sobre os cuidados que devemos ter com a nossa língua.
Nós, mulheres, temos uma fama não muito aprazível quanto ao uso da língua. Há inúmeras piadas sobre a quantidade de palavras que uma mulher fala por dia. Inclusive, dizem que Deus criou o homem antes da mulher para não precisar ouvir tantos palpites.
Embora haja revolta e consternação por parte da nossa classe quanto a este estereótipo, convenhamos que algumas de nós fazem jus à fama (quando não somos nós mesmas).
A língua é o órgão mais forte do corpo e o mais flexível, graças aos seus 17 músculos. Também é o órgão que se cura mais fácil de qualquer tipo de lesão, e essa curiosidade é algo muito irônico. Cura-se fácil, mas pode ferir mais fácil ainda.
O fato é que a língua é o órgão do corpo mais difícil de ser controlado. Tiago, autor de uma das cartas do Novo Testamento, compara a língua a um leme que, mesmo pequeno, é capaz de mudar o rumo de um grande navio. Compara também a uma pequena fagulha, que é capaz de incendiar uma floresta inteira. Que poder há em tão pequeno órgão!
No capítulo 3 de Tiago, versículos 8 a 11, lemos: “A língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso”?
Queridas irmãs, devemos ter imenso cuidado com a nossa língua. Fofocas, críticas e maldições devem ficar longe dos nossos lábios. Devemos nos esforçar para sermos fontes que jorram água doce, para que nossa voz seja sempre ouvida com prazer e saudade.
Não precisamos fazer isso sozinhas. Temos um Conselheiro (o Espírito Santo) que pode ser o filtro das nossas palavras.
Conta-se que o filósofo grego Sócrates, ao orientar um discípulo, aconselhou-o a usar três peneiras antes de falar algo: “A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?”
Tenho a impressão de que se usássemos as três peneiras algumas vezes por dia, a nossa língua poderia atrofiar por desuso. Quanta inutilidade, quantas palavras jogamos ao vento, diariamente!
Gostaria de indicar um filme que marcou minha vida. Chama-se “As mil palavras”. Não é um filme gospel, mas calou-me por um bom tempo e me fez pensar um pouco mais antes de abrir a minha “grande” boca.
Querida irmã, peça a Deus que o Espírito Santo incomode o teu coração quando a tua língua estiver sendo usada para destruir, desanimar ou ofender alguém. Que o encorajamento, o elogio, o louvor, o carinho, sejam constantes nos nossos lábios. Ore como Davi: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios”. Sl. 141:3.
“As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu”! Sl. 19:14.