Por Fabiana Chaia – Analista comportamental / Coaching Assessment / Comunicação não violenta / Comunicação Poderosa / Certificação em PNL / Administradora e Pós Graduada em MBA Executivo em Cooperativismo e Associativismo
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Chegamos a mais um final de ano, época de Natal, espírito de amor, paz e harmonia no ar… que época linda essa! Paramos para refletir o que vivemos no ano que está findando, neste a esperança de confraternizar mais próximo de familiares e questionar as crianças de como se portaram no ano para a visita tão especial da noite de Natal.
Mas em maioria das vezes o questionamento acima mencionado não é nos feito, ou não refletimos de como nós nos comportamos no decorrer deste ano, e mais profundamente falando, como nos comunicamos com o nosso próximo neste ano, como especificamente estamos vivendo, interagindo, analisando, saindo de uma pandemia, voltando ao contato físico com as pessoas.
Vamos refletir sobre nós, mais especificamente sobre nossa comunicação e qual importância damos a ela em nosso dia a dia, pois convenhamos que muitas coisas mudaram desde o fatídico dia 26 de fevereiro de 2020, após um homem de 61 anos de São Paulo retornar da Itália e testar positivo para Covid-19. A partir daí, nem precisamos nos alongar nos fatos…
Quem diria que a partir daquela data, teríamos que nos remodelar como seres humanos, mentalmente, espiritualmente e financeiramente. Período este que perdemos contato físico com as pessoas, nos isolamos para nos proteger e proteger o próximo, a frase “não posso ir” nunca fez tanto sentido em nosso cotidiano.
A partir daí, mudamos nossa forma de conversar com o mundo, de se comunicar com o próximo, muitas coisas que acreditávamos e fazíamos não é mais uma verdade absoluta, aquele papo descontraído, aquela negociação ou venda, tudo readaptado.
Mas isso tudo já sabemos, é o que mais ouvimos nestes anos seguidos da data acima mencionada. Vamos falar de antes de tudo mudar, como era sua comunicação? Como falava e ouvia o próximo? Assertiva ou confusa? Com clareza ou obscura? Pacífica ou agressiva?
Meu caro, o mundo está voltando a interagir de forma física e de forma acelerada demais para aproveitar os momentos perdidos no decorrer desta pandemia, o ser humano está sedento por viver, voltar à vida dita por normal, frenética. E entendo perfeitamente, só quem ficou em casa trabalhando com crianças pedindo atenção, ou aquelas pessoas que não tinham onde deixar os filhos e que por vezes largaram a carreira sem outra opção, ainda temos pessoas consideradas de risco que em casa ficaram para lhes proteger, e aqueles que enfrentaram o risco para nos cuidar, enfim, cada um tem uma história para contar.
Neste período aprendemos a viver na solidão, a conversarmos pessoalmente de forma restrita, sem ver amigos ou familiares. Feliz aquele que aprendeu a viver a solitude, onde entrou em contato consigo mesmo organizando os pensamentos e emoções. Festas e comemorações não existiram, sonhos foram adiados, datas desmarcadas e remarcadas…
Devemos observar isso com muita atenção: se antes o ser humano já era sensível, carente de atenção, depois de todas as provações imagina a sensibilidade à flor da pele que nossa sociedade está vivendo atualmente. Precisamos nos policiar para conversar e muitas vezes até expressar uma opinião.
Te conto uma “novidade”: o mundo mudou SIM a forma de se comunicar, pois as pessoas estão sedentas por falar e procurando pessoas que as ouçam. A comunicação mais poderosa que existe, e a que menos tem se praticado, não é a comunicação falada, mas sim a “ouvida”, comunicação vai além de palavras, ela remete sentimentos e necessidades de cada indivíduo.
Esta nos mostra a empatia, interesse pelo outro e pelo que ele quer compartilhar, e desta forma cria-se relacionamentos saudáveis e estáveis, seja no âmbito familiar, profissional ou de forma autônoma na sociedade. Demonstrar a real atenção pelo outro sem almejar nada em troca, apenas o bem estar deste.
Forte isso! Nos faz refletir como andamos nos portando, e é claro que temos necessidades, também precisamos falar, contar algo que nos aconteceu, desabafar… mas quando o próximo chega até nós com a mesma necessidade, como estamos nos portando, ouvimos nossa esposa, esposo, filhos, pai, mãe, avós, irmãos, amigos? Eles precisam de nós assim como precisamos deles, e lhe garanto que através de uma “comunicação bem ouvida” consigamos voltar a nossa realidade com excelentes expectativas e leveza.
Que seu Natal seja abençoado, cheio de alegrias e que Jesus ouça as preces feitas e lhe dê muita clareza para o ano que está por vir!