Por Ildemar Kanitz – Diretor Colégio Martin Luther
O mundo da educação está mudando e o modelo antigo, em que o professor é o centro do conhecimento e o transmissor para o aluno, já não faz mais sentido. Muito mais do que um transmissor de conteúdos, o professor agora tem a tarefa de ser instigador e mediador da aprendizagem.
Muitas famílias ainda esperam da escola e dos professores o modelo antigo, como foram educados na sua época, em que o aluno fica calado e o professor transmite o conteúdo. Este modelo deu certo por um tempo e produziu seus resultados. Assim muitos alunos aprenderam matemática, português e outros conhecimentos. Quem tinha facilidade para decorar e reproduzir conhecimentos se dava bem, enquanto outros não, mesmo possuindo outras habilidades que não a de decorar.
No entanto, como os educadores são inquietos, eles sempre buscam novas formas de aprendizagem e que contemplem os diferentes alunos. Se olharmos para Jesus e sua forma de ensinar o Evangelho, podemos perceber que o seu jeito de lidar com as pessoas era bem diferente do nosso modelo tradicional de educação. Ou seja, se olharmos para Jesus como um professor, veremos que muitas vezes Ele ouviu as pessoas e as colocou no centro da aprendizagem. Jesus não se colocava acima das pessoas para mostrar que Ele sabia e as pessoas não; Ele questionava e valorizava o conhecimento das pessoas. E veja: valorizar não é aceitar a qualquer custo o que as pessoas pensam, mas provocar para a reflexão e crescimento a partir do seu ponto de vista.
Como Mestre, Jesus aponta para a importância dos conhecimentos necessários para a vida. Ele rompe com o modelo educacional de simplesmente reproduzir conhecimentos. Assim, Jesus é nosso referencial para um novo modelo de escolas, em que os alunos são mais ouvidos, valorizados nos conhecimentos que já possuem e aprendem aquilo que de fato importa para a vida. Na educação, buscar os conhecimentos existentes e saber reproduzi-los é importante, porém desenvolver habilidades para a vida é essencial.