Quando eu era pequenina, do tamanho de um botão, mais ou menos com meus 02 ou 03 anos de vida, meu pai embarcou em uma viagem missionária para a Amazônia. Ele ficou semanas fora de casa e, para me confortar, me prometeu um violão de brinquedo quando voltasse.
Pelo fato de nem sempre ter um banheiro bem equipado ou espelhos disponíveis nos lugares por onde a equipe missionária passou, meu pai resolveu deixar a barba crescer durante o tempo em que estava fora.
Quando ele retornou vieram me chamar, dizendo que meu pai estava lá fora me esperando. Eu corri ao encontro daquele homem, abracei-o, sentei no colo dele, alisei a barba e disse: sabia que o meu outro pai foi pra Amazônia e vai trazer um violãozinho pra mim?
O fato de eu não ter reconhecido meu pai com barba é motivo de risos na família até os dias de hoje.
Mesmo que na época eu estivesse enganada quanto a ter dois pais, na minha adolescência eu conheci outro Pai, quando aceitei Jesus e passei a ser filha de Deus.
O mundo diz que todos somos filhos de Deus, mas, na verdade, todos somos criaturas Dele; nos tornamos filhos apenas quando nos arrependemos de nossos pecados e cremos em Jesus como Senhor e Salvador. O Espírito Santo passa a morar dentro de nós e nos convence da paternidade de Deus. “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8:14).
Ser adotada como filha de Deus é um grande privilégio. Os filhos adotados têm os mesmos direitos dos filhos naturais, portanto, nos tornamos herdeiros do reino de Deus, junto com Jesus, conforme Romanos 8:17: “… se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo”.
Quando passamos a fazer parte da família de Deus, nos deparamos com a paternidade que está acima de qualquer crítica. Mesmo que você não possa dizer que teve um pai terreno exemplar, ao aceitar a Jesus como Seu Salvador pessoal, você conhecerá o amor incomparável, ilimitado, inesgotável e incondicional do Pai celestial. Você já conheceu o seu outro Pai?