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Halloween?? Não! “E não vos associeis às obras infrutuosas das trevas, antes, porém, condenai-as”. Efésios 5:11

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Halloween?? Não! “E não vos associeis às obras infrutuosas das trevas, antes, porém, condenai-as”. Efésios 5:11

O que você pensa quando lê a palavra Halloween? É algo bastante conhecido há muitos anos no Brasil. Nos últimos tempos, vê-se muitas atividades para comemorar esse conhecido “dia das bruxas” em escolas, grupos e até mesmo crianças passando nas casas pedindo: “gostosuras ou travessuras?”… inclusive aqui em nossa região.

Mas, você sabe como isso tudo começou? Sua origem macabra se dá nos tempos dos adoradores de Baal no Velho Testamento. Tudo iniciou no século V a.C., com um povo chamado Celta, que habitava os países onde hoje são a Irlanda, Inglaterra e França. Na época, o verão terminava oficialmente no dia 31 de outubro. Da noite do dia 31 para o dia 1° de novembro, era celebrado o ano novo dos Celtas, que era também chamado o feriado de Samhain (sow-en), que significa senhor da morte. Os Celtas consideravam o 1° de novembro como o dia da morte porque as folhas das árvores já estavam caindo, a noite chegava mais rápido e a temperatura caía; ou seja, para eles essa época é outono. Eles acreditavam que o Muck Olla, o deus sol, estava perdendo suas forças por causa do Samhain, senhor da morte. Além disso, eles criam que no dia 31 de outubro, Samhain ajuntava os espíritos de todas as pessoas que haviam morrido no ano anterior, pois eles (os espíritos) tinham sido confinados a ficar vagando entre a terra e a lua por causa dos seus atos maus, sem chance de ir para o paraíso. Na noite do banquete de Samhain (dia 31), esses espíritos teriam a permissão de voltar para as suas casas e tentar tomar posse dos corpos das pessoas que ainda viviam, porque, segundo eles, essa seria a única esperança para os espíritos depois da morte.

Como as pessoas não queriam ser possuídas por espíritos maus, eles tomavam as devidas precauções para se protegerem, com rituais macabros, sacrifícios humanos e de animais como oferenda para que Samhain se acalmasse e não deixasse que os espíritos machucassem ou possuíssem ninguém.

Assim, a origem do Halloween é totalmente pagã. Por isso, temos que ficar atentos!

Confira nossa reportagem especial e seja edificado!

 

Conhecendo a cultura norte-americana de perto

O pastor Elvis Casagrande, da Igreja Casa de Oração de Marechal Cândido Rondon, viveu por vários anos nos Estados Unidos e acompanhou de perto muitas manifestações do Halloween. Ele aceitou a Jesus em Portugal (Lisboa), onde estava a trabalho, aos 18 anos. “O chamado pastoral é algo que veio muito forte da parte de Deus pra minha vida. Nunca busquei e a princípio, eu não queria. Mas o chamado do Senhor foi mais forte do que minhas vontades. Antes de ser pastor, tinha uma empresa de pintura nos Estados Unidos. Meu chamado foi desenvolvido na Four Square Church (Igreja do Evangelho Quadrangular Americana). O início do ministério servindo a Deus, ainda como irmão apenas, foi em Hyannis, Massachusetts, onde nasceu a Primeira Igreja do Evangelho Quadrangular em 2004, sendo um dos fundadores desta obra, juntamente com o pastor Mário Vieira. Logo após fazer o Instituto Teológico em Boston, fui indicado ao ministério, passando pelo diaconato, áreas administrativas, obreiro credenciado e indicado a unção pastoral. Assumi a igreja do ministério em Plymouth, Massachusetts, onde fiquei por quatro anos”, explica.

 

Uma prática pagã

O pastor Elvis está em Marechal Cândido Rondon desde 2015. Relatando sobre o Halloween, ele conta que foi introduzido nos Estados Unidos pelos irlandeses. A sua origem remonta às tradições celtas, povo que viveu na Gália e nas ilhas da Grã-Betanha. “Essa prática foi sendo esquecida devido à evangelização cristã nestes territórios; a religião Celta começou a desaparecer. Como eles tinham uma tradição oral, não escreveram quase nada sobre a sua religião. Os Estados Unidos receberam estas festas com o surgimento da religião pagã em seu território. Não concordo com a comemoração desta prática. A Bíblia fala sobre essa situação: ‘Mas o Espírito expressamente diz: que nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrina de demônios’. I Tm 4:1. Algumas escolas comemoram o dia das bruxas como uma festa da cultura americana ou uma festa qualquer, sem ao menos conhecer o seu significado e origem. Essa festa é muito comemorada pelas escolas de inglês, e pasmem: tem até a festa de Halloween gospel!”, enfatiza.

 

Simbolismos do Halloween

Pastor Elvis destaca que cada peça, brincadeira ou enfeite possui um simbolismo dentro da crença Wicca. Confira algumas delas:

Abóbora com rosto – vem de uma lenda: um homem chamado Jack morreu e lhe foi negado a sua entrada no céu e no inferno. Condenado a viver perambulando pela terra como uma alma penada, ele colocou uma brasa brilhante num grande nabo oco para iluminar o seu caminho à noite. A abóbora iluminada simboliza Jack.

Nabos – também eram as lanternas que os Celtas acreditavam que mandavam os espíritos embora; este símbolo continua com o uso das abóboras iluminadas.

Velas – neste dia, são usadas muitas velas marrons e alaranjadas. Muitos pentagramas possuem estas velas em seus quadrantes.

Pentagrama – tem sido usado como amuleto, mas é um símbolo básico da feitiçaria. É o ponto central do trabalho de encantamento e geralmente, é colocado sobre ou na frente do altar – ele representa o fogo, terra, ar, água e espírito.

Pescar maçãs em um tonel – essa antiga prática veio de adivinhar o futuro. O participante que obtinha sucesso poderia contar com a ajuda dos espíritos para uma realização amorosa.

Pedir doces – esse costume veio da tradição Irlandesa: um homem conduzia uma procissão para angariar contribuições dos agricultores para que suas colheitas não fossem amaldiçoadas por demônios. “Pare e pense: as crianças que saem pedindo doces ou travessuras representam o quê? O que acontece se elas não conseguem os doces? Elas fazem as travessuras. Se você pensar um pouco, o agricultor pedia alguma coisa para dar de oferta aos demônios. Tais práticas não vão de acordo com a vontade de Deus”, ressalta o pastor.

 

Valorização da nossa cultura

Em Marechal Cândido Rondon e região, muitas escolas de inglês comemoram o Halloween com seus alunos, com uma festa especial e que geralmente, é muito aguardada pelos estudantes. Mas, nem todos os educadores desta área concordam com a prática: Luciana do Amaral Roesler trabalha há 25 anos como professora, inicialmente na área de música e algum tempo depois no ensino de inglês. Fundadora e coordenadora da Leader School, que foi inaugurada em 2005, visitou os Estados Unidos seis vezes e tem muitas viagens programadas, já que com os programas de Intercâmbios, tem turmas agendadas até 2025. “Visitei também o Canadá, Inglaterra e Irlanda; todos esses países têm a cultura do Halloween muito acentuada e devido à mídia e muitas empresas que dependem ou defendem o Halloween como um sistema de negócio, o Brasil também já incorporou esse costume, embora eu como educadora, mãe e cristã não concorde com este tema. Trabalho com inglês há mais de 20 anos, mas na nossa escola, não ‘americanizamos’ os alunos. Ensinamos inglês como Língua Franca e os preparamos para estudos avançados, desenvolvimento profissional e para o mercado de trabalho, sempre valorizando nossa língua mãe e nossa própria cultura. Precisamos lembrar que somos Brasileiros e precisamos valorizar a nossa cultura em primeiro lugar. Com a globalização, podemos ver e aprender sobre outros povos, países e culturas em minutos de pesquisa, mas conhecer outras culturas não significa anular a sua própria. Uma das grandes maravilhas do mundo é poder conhecer e aprender o que é bom do outro, para que possamos nos construir como seres humanos e como cristãos. Respeito é a palavra-chave para vivermos em equilíbrio”, destaca.

 

Diversão sem Halloween

Luciana afirma que em sua escola, os alunos celebram a “Festa à Fantasia”, sem sustos, incitação ao terror ou ao sobrenatural. “Buscamos mostrar que podemos nos divertir de uma forma alegre, fortificando os elos de amizade e união. Muitas pessoas valorizam a cultura do Halloween, mas não sabem o que realmente significa. Nos Estados Unidos, segundo relatos jornalísticos, muitas pessoas saem com máscaras com o objetivo de cometer delitos e gerar confusão, por exemplo. Com origem pagã, essa data é comemorada por muitos como um ‘dia sem limites’. As pessoas são livres para acreditar no que quiserem, mas como disse anteriormente, como mãe, educadora e cristã, não vejo com bons olhos incorporar algo que nada tem a ver com a nossa cultura. Nossas crianças e jovens em geral, precisam estar conectados com a família e receber educação de qualidade. Nosso tempo com nossos familiares e alunos é muito precioso, precisamos usá-lo com sabedoria, potencializando suas qualidades e semear palavras de amor e situações de harmonia. O mundo já apresenta situações negativas por si só; acredito que precisamos prepará-los para as adversidades, mas acima de tudo, ensinar a construir pontes e não barreiras, finaliza.

 

Pode parecer inofensivo…

Paula Francielle Becker é professora de inglês formada em Letras-Português/Inglês pela Unioeste. Participa da Juventude da Igreja Congregacional de Marechal Cândido Rondon há 13 anos e há 1 ano e meio, é a presidente do grupo.

Ela destaca que, apesar de ser uma região com grande quantidade de cristãos, nos últimos anos, tem notado como o Halloween se tornou algo cultural para os jovens. “Como cristã, acredito que muitos jovens de hoje, jovens cristãos também, não têm ideia do significado por trás deste evento, que pode parecer algo inofensivo para alguns, mas que antigamente iniciou-se para cultuar os mortos. Na época, as pessoas acreditavam que no dia 31 de outubro os mortos saíam das sepulturas para assustá-las. Podemos perceber uma grande influência da cultura norte americana para o brasileiro. Todos os dias, somos bombardeados com informações pelas redes sociais, que ajudaram muito nessa fusão de culturas. Tenho notado que as escolas de idiomas e escolas estaduais têm trabalhado e investido em eventos como o Halloween”, explica.

 

Bíblia: o Manual a ser seguido

Paula acredita ser muito importante não aderir a essas práticas. “A Bíblia é o manual do cristão e nela podemos encontrar de tudo! Sobre o Halloween, a Bíblia nos ensina em 2 Coríntios 6: 14-15 que ‘Não existe união entre a luz e as trevas; entre cristão e satanás’. E ainda em 1 Pedro 2:9 diz: ‘Mas vocês são o povo que pertence a Ele, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz’. Porque nós, cristãos, iríamos participar de uma festa a qual claramente vem da escuridão, sendo que Cristo nos libertou e nos trouxe até a luz? Que possamos refletir sobre isso e ser luz em meio às trevas”, enfatiza.

Como cristã e professora, Paula busca trabalhar eventos que realmente tragam um significado bom e que traga algum valor aos seus alunos, como por exemplo, em novembro, nos Estados Unidos, é comemorado o “Thanksgiving Day”, que é o Dia de Ação de Graças, um dia de gratidão a Deus, com orações e festas, pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano. “Sabendo do significado por trás do Halloween, acho importante não aderir a estas práticas pagãs. Em minha igreja, sempre que estamos próximos do Halloween, buscamos alertar os jovens sobre o significado que tem por trás deste evento, e lembramos da importância de fazermos a diferença como cristãos, de levar luz e não trevas às pessoas”, finaliza.

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