Como é bonito ver as lindas declarações de amor entre casais, principalmente nessa época em que se comemora o Dia dos Namorados. Momento cheio de emoções. Mas será que é só a emoção que vale quando se trata de Amor?
Por viver somente de emoções, muitas vezes, vemos com normalidade os relacionamentos terminarem e geralmente com a mesma declaração: “O Amor acabou… o sentimento esfriou!”. Recentemente, a mídia publicou que a ‘taxa de divórcios entre evangélicos se igualou ao restante da sociedade’.
Segundo o psicanalista e filósofo alemão Erich Fromm: “O amor é uma decisão, é um julgamento, é uma promessa. Se o amor fosse só um sentimento, não haveria base para a promessa de amar um ao outro para sempre. Um sentimento vem e pode ir. Como posso julgar se ele vai ficar para sempre, quando meu ato não envolve julgamento e decisão”.
Destaco a promessa, pois aqui podemos entender o porquê da promessa na cerimônia de casamento. Ela é necessária para nos lembrar do compromisso assumido: da DECISÃO tomada. Por isto, Amar é uma decisão: você decide amar, porque quer amar.
Examinando alguns textos bíblicos que falam de amor, vemos a recomendação de Jesus: “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que o perseguem” (Mt. 5:44). Inquestionavelmente, isso é uma decisão! Não é um sentimento espontâneo.
Em outra passagem, o apóstolo João escreve: “Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus” (1 Jo. 4:7a), e mais a frente ele complementa: “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” (1 Jo.4:20). Ora veja que, novamente, decidimos amar nosso irmão.
Mas, então você pode me dizer: ‘Mas, com minha esposa (ou namorada) é diferente. Eu me apaixonei por ela!’ Ok. Mas “Paixão é uma coisa que vem e que passa, já o amor é algo que não se acaba nunca, apenas se transforma” (Melina Sacia).
Veja o que diz a carta aos Efésios: “Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a sua igreja e se entregou por ela (Ef.5:25). Se temos esta recomendação é porque temos que tomar uma decisão de amar.
Ainda no texto acima, fala que Cristo amou a sua igreja: e como Ele amou? Ele amou incondicionalmente, e ‘em Amor, Cristo se entregou a si mesmo por nós…’ (cfe. Ef. 5:2). Foi uma entrega consciente, uma decisão de Amar.
Até mesmo no primeiro Mandamento: “Amarás o Senhor, Teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Dt.6:5): nos cabe decidir amar, pois a natureza pecaminosa do ser humano tende a nos distanciar do amor de Deus.
Falando de amor de casais, um texto bastante conhecido é o de 1 Coríntios 13:4-7 (leia), onde o apóstolo Paulo apresenta as características do amor, e ali também podemos perceber como amar é uma decisão: o texto fala de paciência, bondade, inveja, orgulho e outros atributos, que cabem a quem ama, decidir. O texto diz ainda que: “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Todas essas ações (sofrer, crer, esperar e suportar) dependem de uma decisão para que ocorram.
Oportunamente ainda, quero sugerir um filme que gosto: “À Prova de Fogo”. No filme, o personagem Caleb decide lutar pelo seu casamento, e segue os passos sugeridos pelo livro “O desafio de Amar”. Este livro apresenta desafios diários no intuito de decidir amar incondicionalmente sua esposa.
Por fim, o amor entre um casal é um relacionamento muito especial, criado por Deus para ser um relacionamento abençoado. O amor é uma escolha! Então, o verdadeiro ‘amor jamais acaba’ (cf.1Co.13:8a- ARA), porque os dois decidem que não vão deixar acabar. Então, DECIDA AMAR, e que Deus abençoe seu Amor!