Por Pastor José Roberto de Souza – Igreja Presbiteriana do Brasil de Marechal Cândido Rondon
“De madrugada, ainda bem escuro, Jesus levantou-se, saiu e foi a um lugar deserto; e ali começou a orar” Mc 1:35
Eu e você, somos convidados a nos matricularmos na Escola de Oração, onde Jesus é o Mestre. Ele não apenas falou de oração… Ele orou. Temos uma profunda Teologia acerca da oração, mas não oramos.
Não há poder sem oração. Não há unção do Espírito sem oração. Não haverá avivamento sem oração. Nenhuma obra importante de Deus é feita sem oração. Jesus orou com profundidade e pregou com autoridade.
1 – O cansaço físico não impedia Jesus se orar (Mc 1:35)
Jesus levantou-se alta madrugada, depois de um dia intenso de trabalho, e foi para um lugar deserto a fim de orar (Mc 1:35). Ali, Ele derramou o Seu coração ao Seu Pai Celeste. Ele orou antes de ser batizado (Lc 3:21). Orou uma noite inteira antes de escolher os doze apóstolos (Lc 6:12). Orou no monte da transfiguração, quando o Pai o consolou antes de ir para a cruz (Lc 9:28). Hoje Ele está orando por nós (Rm 8:34; Hb 7:25). Se Jesus, que era santo, inculpável, puro e apartado dos pecados, orou continuamente, quanto mais nós, que somos sujeitos à fraqueza, devemos orar!
2 – A oração para Jesus era intimidade com o Pai, e não desempenho diante dos homens (Mc 1:35)
Jesus buscava mais intimidade com o Pai do que popularidade (Mc 1:35). Ele era homem do povo, mas não governado pelo povo. Sempre que os homens o buscavam apenas como um operador de milagres, via nisso uma tentação mais do que uma oportunidade, e refugiava-se em oração. O evangelista Marcos registra três momentos quando Jesus preferiu o refúgio da oração: Primeiro, depois da cura em Cafarnaum (Mc 1:35-37); Segundo, depois da multiplicação dos pães e dos peixes (Mc 6:46); Terceiro, no Getsêmani, antes da sua prisão, tortura e crucificação (Mc 14:32-42).
3 – Jesus dava mais valor à comunhão com o Pai do que ao sucesso diante dos homens (Mc 1:35-39)
A multidão desejava ver Jesus novamente; não para ouvir Sua Palavra, mas para receber curas e assistir a operação de milagres (Mc 1:37). Certamente, Pedro não discerniu a superficialidade da multidão, sua incredulidade e sua falta de apetite pela Palavra de Deus. Todo pregador é fascinado com a multidão, mas Jesus, algumas vezes, fugiu dela para refugiar-se na intimidade com Deus, por meio da oração. A intimidade com Deus por meio da oração é mais importante do que o sucesso no ministério. Precisamos buscar mais intimidade com Deus através da oração do que popularidade com os homens. É tempo de nos matricularmos na escola da oração e aprendermos com Jesus a nos deleitarmos em Deus e para fazermos Sua obra com eficácia.