Por Pastor Carlos Scharff
Em Cantares 5:16 lemos: “…ele é totalmente desejável”. Isso não pode ser dito a respeito de nenhum outro a não ser de Jesus Cristo. Qualquer outra grandeza é corrompida por pequenez, qualquer outra sabedoria é arrasada por tolice, qualquer outra bondade vem maculada por imperfeição. Jesus Cristo é o único do qual se pode afirmar que Nele tudo é amável e belo.
Sua beleza reside em Sua perfeita humanidade. Ele se identificou conosco em tudo, exceto com nosso pecado e com nossa natureza má. Mesmo o nascer humildemente em Belém, Ele teve que crescer fisicamente – como nós; mas, Ele também cresceu na obediência e na graça. Ele trabalhou, chorou, orou e amou. Em todas as coisas, foi tentado como nós – mas permaneceu sem pecado, ensinando-nos que é perfeitamente possível viver uma vida agradável a Deus.
Como Filho de Deus, Ele deseja entrar em nossa vida de maneira tão simples e natural como se tivesse morado em nossa rua. Ele é um dos nossos em tudo. Entra em uma vida cheia de pecado, assim como um rio limpo e transparente lança suas águas em um lago parado. O rio não teme a contaminação; é ele que limpa o lago com sua força.
Cristo também possui perfeita compaixão. Pensemos apenas no “rebanho sem pastor” ou na viúva enlutada de Naim. Será que alguma vez você viu Jesus procurando pessoas que “mereciam” que Ele se compadecesse delas? Dele está escrito simplesmente que: “… compadeceu-se dela (da multidão) e curou os seus enfermos” (Mt. 14:14). Que glória reside em sua misericórdia! Naquela época, significava contaminação a aproximação com os pobres leprosos, mas o contato com a mão de Jesus os curava e purificava.
A perfeita humildade de Jesus Cristo é extremamente amável. Ele, o único que quando veio a este mundo, poderia ter escolhido como desejava nascer, no entanto, entrou nesta vida como um dentre muitos. Ele disse: “…no meio de vós, eu sou como quem serve” (Lc 22:27b), e está escrito que Ele “deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido” (Jo 13:5). E também está escrito que Ele “quando ultrajado, não revidava com ultraje” (1 Pe 2:23).
Jesus Cristo também possui perfeita mansidão. Como Ele é meigo, mas também fiel, altruísta e devotado. Quando falou com a mulher calada, desesperada, depois que os seus acusadores foram se retirando um por um, toda a Sua amável mansidão se mostrou e Suas palavras que confirmaram amor fraterno, perdão transformador e santificação restauradora ao lhe dizer: “Alguém te condenou? Nem eu te condeno, mas agora, vai e não peques mais”. Jo. 8:10 e 11.
Até na hora da Sua morte, Ele ouviu o clamor de uma fé em desespero. Antigamente, quando os vencedores voltavam das guerras, traziam seus prisioneiros mais importantes como troféus de vitória. Para Jesus, foi suficiente chegar ao céu trazendo a alma de um ladrão.
Finalmente, olhemos para Seu perfeito equilíbrio interior. Ainda poderíamos falar muito sobre Sua dignidade, varonilidade, coragem. Nele se unem traços de um caráter perfeito. Sua mansidão nunca é delicada demais, sua coragem jamais é bruta. E sempre é perfeitamente equilibrado.
Por isso, não é Ele totalmente desejável? Você deseja aceitá-lo? Tê-lo como seu Salvador pessoal e permitir que Ele possa transformar o seu viver agradavelmente e desejável? E, igualmente descobrir Sua glória? Ele próprio disse: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna” (Jo. 6:47), pois também nos diz: “ Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim”. Jo. 14:6