Você certamente já recebeu algum convite (ou até você fez o convite), para um ‘Culto Especial’! Normalmente, faz-se este convite, quando se tem a presença de algum cantor, grupo ou pregador convidado. Não quero dizer que ter programações diferenciadas, recebendo convidados, não seja interessante… muito pelo contrário, sempre é bom ouvir mensagens (sejam pregações ou louvores) de pessoas diferentes.
O que precisamos zelar (principalmente no meio evangélico) é para que o ‘convidado’ não se torne o atrativo central de nosso culto. Mas, afinal, o que faz com que um culto seja realmente ‘especial’?
Você diria: ‘o culto é especial, quando a mensagem (ou louvor) me toca e me faz refletir’ ou ‘quando saio fortalecido e recarregado espiritualmente’. É muito bom quando isso acontece, e importante que assim seja, pois precisamos nos encher da presença do Espírito Santo para seguirmos firmes na caminhada de fé. Contudo, aqui se encontra um grande perigo: pode acontecer que o ‘mensageiro’ não venha a agradar o ‘exigente ouvido’, dos ‘frequentadores de cultos’. Então o culto, não será bom?
Quando o apóstolo Paulo, escreve aos Coríntios, ele declara: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e do poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria de homens, mas no poder de Deus”. (1 Co.2,4-5 – ARC).
Já quando Paulo escreve às igrejas da Galácia, ele alerta para um ‘outro evangelho’ (leia Gálatas 1) e questiona: “Por acaso eu procuro a aprovação das pessoas? Não! O que eu quero é a aprovação de Deus. Será que agora estou querendo agradar as pessoas? Se estivesse, eu não seria servo de Cristo”. (Gl.1,10 – NTLH)
Afinal, quem, ou o que estamos cultuando? Quem buscamos agradar com nosso culto? O primeiro culto (de ação de graças) registrado na Bíblia foi prestado por dois irmãos (Caim e Abel), conforme o relato de Gênesis 4,e ali vemos que ‘Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta’ (Gn.4,4b – ARA). O detalhe não estava na oferta, mas na intenção do coração dos ofertantes, ou daquele que presta culto. Deus conhece a intenção e o coração de quem lhe cultua.
Veja que estou me referindo a ‘prestar culto’, nem levei em consideração a expressão de ‘assistir um culto’, pois quem assiste é somente expectador e não participa. No dicionário da Bíblia Almeida, Culto é mencionado como sinônimo de Adoração.
E é sobre essa adoração que Jesus fala quando responde à mulher samaritana, dizendo que: “… os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura” (Jo.4,23 – NVI). Certamente, foi essa adoração que Deus encontrou em Caim, e esse ‘prestar culto’ que ele espera de cada um de nós.
Muitos podem entender ser um ‘sacrifício’ cultuar a Deus, e sobre isso lemos no Salmo 51,17 (KJA) que: “O verdadeiro e aceitável sacrifício ao Eterno é o coração contrito; um coração quebrantado e arrependido jamais será desprezado por Deus!”
Se achegue na presença de Deus para lhe prestar culto, com o espírito quebrantado e então, certamente, este será um CULTO ESPECIAL: um culto do agrado do Senhor! Deus abençoe o seu cultuar.