“Pelo que tenho observado, quem cultiva o mal e semeia maldade, isso também colherá”. Jó 4:8
Se na vivência humana existe um jardim fértil a ser cultivado, este jardim é o ambiente familiar. Na família as boas sementes de amor e aceitação dão, ao seu tempo, colheita farta de bons frutos. Da mesma forma, sementes de destruição não demoram a produzir ervas daninhas, capazes de colocar em risco a convivência e a harmonia.
Ao refletir sobre isso, chegamos a uma dura verdade: você pode até escolher a semente, mas é obrigado a colher o que plantar! A lei da semeadura e da ceifa é uma verdade inegável no ambiente familiar, temos que estar atentos para não deixar que sementes de destruição, acabem com o sonho possível, de viver em uma família feliz com o Senhor.
Uma semente de destruição muito presente é o pouco tempo dedicado à família, ou tempo de má qualidade. Os nossos filhos já nascem no mundo da mídia e não precisam nem ser ensinados a dominar aparelhos eletrônicos, mas também já aprendem desde cedo, a não olhar nos olhos e não se comunicar. Relacionamentos se tornam cada vez mais superficiais e a convivência cada vez mais formal, de forma a muitas famílias dividirem a mesma casa, mas não constituírem um verdadeiro lar. A Bíblia deixa clara a necessidade de cultivar um relacionamento profundo e abençoador com os filhos e cônjuge. Não apenas fazer coisas juntos, mas criar um ambiente de aprendizado e convivência. Dizer: “Se depender de mim, vou dar mais atenção a minha mulher e aos meus filhos”, “se depender de mim, vou ser amigo dos meus filhos ou dos meus pais”.
Outra semente de destruição tem a ver com o palavreado: ser duro no trato, responder sempre com grosseria, ter respostas prontas na ponta da língua, xingamentos, “cutucar” o outro, etc. A maneira como nos expressamos dentro de casa, fala muito a respeito de nosso caráter e de como precisamos crescer na convivência familiar. A boa semente nesse caso é o amor. Não um amor simplesmente passional e teórico, mas um amor do tipo de Deus, que é expresso em atitudes e que suporta, perdoa e engole muitos sapos, quando for necessário, a fim de colher entendimento e bom trato.
A necessidade de imprimir bons valores nos filhos nunca foi tão urgente. Se deixarmos as crianças à mercê da mídia em geral, e dos diversos grupos formadores de opinião, que são claramente contrários à Palavra de Deus em nossa sociedade, colheremos crianças cheias de opinião, mas de opiniões contrárias à vontade de Deus. Ter opinião não basta, existe uma verdade absoluta, existe um Senhor absoluto e este Senhor é nosso Deus.
Honestidade, verdade, importância do trabalho duro, família, a existência de um “certo” e de um “errado”, a necessidade de ter um relacionamento verdadeiro com Deus, são valores que precisam ser intencionalmente plantados nas crianças. Ensinar a importância de ir à igreja, não como um compromisso, mas com a alegria de poder buscar a Deus. Uma criança em média assiste TV cerca de 1.000 horas por ano. Se você é um brasileiro comum, quando chega aos 18 anos de idade, já assistiu 18.000 horas de TV. Se você chega aos 65, você acumulou 9 anos e meio assistindo televisão. Se você, por outro lado, traz os seus filhos para a igreja e eles vão à igreja uma vez por semana por 65 anos, isso representará 8 meses de ensino bíblico. Por quem as crianças estão sendo discipuladas? Pela TV? Pela internet? Pelas opiniões dos famosos? Sua família é uma retransmissora de valores. Quais os valores ela está transmitindo?