Todos os anos, uma das épocas mais aguardadas nos países cristãos é o Natal. É bem verdade que nem todo motivo que torna tão desejável o Natal é puro e que tem no mínimo alguma conexão com o verdadeiro Natal.
Por isso, quero neste artigo mostrar alguns detalhes que passam despercebidos por vezes e que permitem questionarmos que Natal as pessoas estão celebrando. O meu objetivo não é criticar (longe disso), mas que cristãos evitem cair nos mesmos erros de celebrar um Natal que não tem nada a ver com o verdadeiro. Vejamos:
Que Natal se não há lugar para Jesus nascer? (v.7)
Como celebrar o aniversário de alguém onde este não é o principal da festa, o presenteado, o homenageado? No Natal dos dias atuais, luzes, festas, presentes, comidas e outras coisas mais que são essenciais a uma festa, não faltam… mas e Jesus?
Pra Ele não há lugar como aconteceu nos dias de seu nascimento nas hospedarias; os corações “natalinos “estão cheios de muitas coisas, que não cabe Jesus dentro deles.
Infelizes os que pensam que é possível haver Natal sem Jesus, que não apenas precisa de um lugar, mas ser o principal da festa, o exclusivo.
Natal que não cabe Jesus é qualquer coisa, menos Natal. Que Jesus encontre lugar devido em nossas vidas, nossas famílias, nossas Igrejas, nossas festas.
Que Natal se a alegria não é para todos os povos? (v.10)
O Natal da Bíblia é o que trouxe “alegria a todos os povos”; hoje o Natal comercial provoca tristezas, discriminação, etc.
Causa tristezas por conta das desgraças oriundas pela forma como se celebra; muitas destas festas terminam em tragédias que deixam profundas perdas e irreparáveis feridas, na grande maioria, incuráveis.
Causa tristezas porque as festas natalinas evidenciam as desigualdades sociais, pois enquanto alguns jogarão comidas no lixo, outro irão aos lixos em busca de um prato de comida; enquanto alguns pais investirão altíssimos valores em presentes a seus filhos, outros verão seus filhos desiludidos com o “papai noel” que não trouxe o pedido feito.
O Natal precisa ser celebrado trazendo alegria para as pessoas; que não apenas anunciemos boas novas, mas que sejamos essas boas novas, levando amor, esperança; amor e esperança muitas vezes representados por um prato de comida, para que não só a fome espiritual, mas também a física, seja alimentada.
Que Natal onde Cristo não é o Salvador? (v.11)
Muitos falam de Jesus e até o desejam, até o buscam, mas querem um Jesus médico que cura doenças; um Jesus mágico que, num instante, resolve problemas; um Jesus advogado, que o represente diante de suas causas; um Jesus juiz, que julgue suas questões (desde que o veredito lhe seja favorável); um Jesus protetor, que guarde sua casa e bens; um Jesus “banco”, que em troca de um simples pronunciar de Seu Nome ou uma singela oferta financeira, o faz prosperar; um Jesus papai Noel, que “realiza sonhos” etc.
Mas o Jesus Salvador, anunciado em seu nascimento, não querem.
Jesus Salvador é para os perdidos, para os pecadores; e reconhecer este estado é muito difícil aos homens. Difícil porque implica em arrependimento, confissões e nova vida, coisa que os homens não estão dispostos a fazer. Contudo, devemos lembrar que só existe Natal porque nasceu o Salvador, essa é a grande mensagem do Natal; nasceu alguém que assumiu nosso lugar de morte e pecador; alguém que faria por nós o que não poderíamos fazer, isto é, salvar a nós mesmos. Mas, como alguém escreveu: “só pode suplicar o seu direito da parte de Graça, quem assumir sua parcela de culpa na cruz”.
Portanto, que festejemos o Natal, participemos de festas, mas não esqueçamos que somos pecadores e que carecemos sempre de nosso Salvador Jesus.
Que o nosso Natal seja verdadeiro; que Jesus tenha lugar em nossas festas; que seja de alegria a todos que são nossos próximos e que Ele seja celebrado como Salvador, assim, ninguém questionará o seu Natal.