Alguma vez você já segurou o riso após ouvir um plano mirabolante do seu marido? Ou já jogou um balde de água fria depois que ele, animadamente, te contou sobre algum projeto?
Imagine esta cena: seu marido, ou pai, ou irmão, ou alguém com quem você convive diariamente, chega em casa e diz:
– Querida, é o seguinte: estou saindo pra comprar madeira, cola e outros materiais para começarmos a construir um barco. Vai ser um barco muito grande, porque teremos que abrigar um casal de cada animal que existe, pois iremos flutuar sobre a terra, que vai ficar completamente inundada. Você e nossos filhos vão ter que ajudar a construir. Deus já me passou as medidas, e ele é enorme. Portanto, temos que começar o quanto antes.
– Peraí… Como é que é? Um barco? Você está enlouquecendo? Você faz isso só pra me incomodar, né? Quem vai pagar essa madeira toda? Onde essa joça vai ficar? O que os vizinhos vão dizer? Nossos filhos vão passar vergonha na escola, vão sofrer bullying. Vão apontar para eles e dizer que são filhos do “doido do barco”. É isso que você quer?
A Bíblia não conta qual foi a reação da mulher de Noé quando ele lhe contou sobre a construção da arca. Aliás, a Bíblia sequer cita o seu nome. No entanto, sabemos que a família de Noé foi poupada da destruição porque foi a única que não se corrompeu (Gênesis 6:8).
Isso nos leva a pensar que a mulher de Noé e seus filhos também viviam na vontade do Senhor e que, por isso, estavam comprometidos com a missão de Noé. Estavam “submissos” (entenda-se que submissão é estar debaixo da mesma missão) a Noé.
Acredito que sua mulher, secretamente, deve ter sacudido negativamente a sua cabeça quando ele permitiu a entrada do casal de pernilongos na arca (nisso ela bem que poderia ter batido o pé!), mas manteve-se idônea, ao lado do marido, mesmo quando tudo parecia loucura. Ela não fez questão de estar no centro do palco, e nem reclamou da falta de atenção durante a construção. Apenas manteve-se ali, como um esteio para o seu marido. Apesar de não sabermos o seu nome, tenho certeza de que foi fundamental para a construção da arca.
Meu pai sempre me disse que algumas pessoas nasceram para ser tijolo e outras nasceram para ser reboco, mas o reboco não se sustenta sem o tijolo.
A mulher de Noé foi um tijolo na sua vida.
Por isso, não se preocupe se as pessoas não sabem o seu nome, não sabem o que você fez ou faz na obra do Senhor. A mulher de Noé participou da bênção, que foi ver o arco-íris, como sinal da promessa de Deus, de nunca mais haver dilúvio.
Você também pode viver debaixo da promessa: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá”. Apocalipse 1:7. “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar”. João 14:2.