Vamos tratar de um tema muito interessante nesta edição: qual nossa postura quando o mal, o trágico, o inesperado nos assalta? Que fazer quando tudo parece perdido. Davi viveu esta experiência na pele; no entanto, não entrou pelo caminho do desânimo e do desespero, mas se fortaleceu no Senhor.
Ao ler na Bíblia I Samuel 30:1-6, iremos encontrar uma história extraordinária de confiança em Deus na hora das perdas; Davi está voltando a sua base, a sua cidade, onde seus familiares e de seus homens estão, e se deparou com cinzas do que outrora tinha sido uma cidade:
I Sm 30:1 “Sucedeu, pois, que chegando Davi e seus homens ao terceiro dia a Ziglague, já os amalequitas com ímpeto tinham dado sobre o Sul e sobre Ziglague, e tinham ferido Ziglague, e a tinham posto a fogo”.
Que dor no coração olhar hoje para somente cinzas do que a pouco foi um grande edifício de ideais e trabalho.
Na nossa vida, isso também pode acontecer; a gente acorda e tem um dia pela frente como uma página em branco no “livro da história” de nossa vida, uma espécie de “diário”, cujas palavras nele contidas serão nossos gestos, atitudes e pensamentos. Não sabemos se ao final dessa “página” estará escrito algo triste ou feliz, ou seja, não sabemos se o dia termina com a gente sorrindo ou chorando.
Exatamente por isso, essa história que envolve Davi é extraordinária como lição: confiar em Deus na hora da maior adversidade.
Pode ser um ministério, um emprego promissor, um casamento de anos, uma empresa promissora, etc que olhando hoje, só restam cinzas do que foi um grande edifício de sonhos e projetos. Fora tão lindo, mas hoje só existe o rastro da desolação, marcas da destruição.
Ao chegar ao local, e vendo a destruição total, Davi fez um breve diagnóstico e constatou que o inimigo havia, não só causado males materiais, mas desintegrado as famílias; um dos grandes objetivos de nosso inimigo, acabar com o “projeto” família (I Samuel 30:2-3); estatísticas dizem que de cada 4 matrimônios que se realizam, 2 estão sendo desfeitos. Como nunca antes, satanás e seus demônios têm empreendido tantos ataques contra a família, com o objetivo de destruí-la.
Não bastasse a destruição das famílias, a cidade em cinzas, Davi vivenciou a possibilidade de ser apedrejado pelo seu próprio povo, pois o tinham como o “causador” deste mal. Isso mostra que muitas pedradas que recebemos podem vir de dentro de casa, dos mais próximos e isso fere mais que as pedras lançadas pelos estranhos contra nós.
Quantos pais são atingidos pelas pedras atiradas pelos filhos; quantos filhos pelas pedras atiradas pelos pais; cônjuge ferido pelas pedras do outro; patrões com marcas feitas pelos empregados, etc, etc, etc… pedras da incompreensão, pedras do ciúme, pedras da calúnia, pedras da difamação, pedras do desamor, etc.
Mas diante de tudo isso, Davi nos ensina como se comportar:
· Davi não murmurou contra Deus – Fp 2:14
· Davi não se desesperou – Is 40:31
· Davi não se entregou a autocomiseração – Fp 4:13
· Davi não pediu a morte – Sl 118:17
· Davi buscou forças no Senhor – “…todavia, Davi se esforçou no Senhor, seu Deus.” (1Sm 30:6).
Bento
29 de março de 2019 em 06:52
Linda historia
Luiz
3 de outubro de 2020 em 09:39
Forte eh, boa aplicação no texto.👍