No mês de fevereiro, realizei um dos meus sonhos: pedalar no Vale Europeu. E como esperado, foi uma experiência fantástica, que vou aqui compartilhar rapidamente.
O Vale Europeu, em Santa Catarina, é o destino perfeito para quem procura um dos mais belos roteiros de cicloturismo do Brasil. O Vale Europeu ganhou esse nome porque a região foi colonizada por imigrantes da Europa, sendo a maioria deles da Alemanha e da Itália. É muito conhecido por ser o primeiro roteiro nacional especialmente projetado para ser feito de bicicleta.
Nossa aventura começou na cidade de Timbó, onde se inicia e finaliza o circuito completo. Como nosso tempo era curto, não pudemos fazer todo o circuito, mas conseguimos aproveitar muito bem. Ao todo, pedalamos 150 km em dois dias de muita aventura. Mas calma: você que deseja pedalar no Vale Europeu, o roteiro oficial consiste de 7 dias de pedaladas por 9 cidades, numa rota circular de cerca de 45 km por dia. Mas você não precisa necessariamente seguir a recomendação dos 7 dias: se tiver mais ou menos tempo, pode adaptar a jornada.
O Circuito foi planejado de forma a ser autoguiado; no início da viagem, você vai receber alguns mapas e instruções sobre como percorrer a rota, incluindo também a instrução das setas amarelas que indicam a direção a ser seguida em praticamente todo o percurso. Então se preferir, não precisa contratar uma agência de viagem para percorrê-lo, embora esta seja a melhor opção. No nosso caso, contratamos um guia que nos acompanhou com carro de apoio, água, frutas e lanches.
Saímos de Timbó sentido a Pomerode, por uma estradinha de terra com lindas paisagens; passamos por Rio dos Cedros, atravessamos uma serra de aproximadamente 2 km. Após subir a serrinha, nos deparamos com um delicioso banquete preparado pelo nosso guia (essa é uma das vantagens de ter alguém acompanhando no trajeto); depois passamos por Rio Ada para finalmente chegar a Pomerode.
Já quase chegando a Pomerode, o circuito passa pela Rota Enxaimel, onde há uma grande concentração de casas construídas neste estilo. Várias delas estão identificadas com plaquinhas, que trazem um pouco da história da edificação. Paramos para descansar e conversar na casa Siewert, construída em 1913. Muito hospitaleiros, os moradores nos receberam para contar um pouco da história de sua família. Após, retornamos a Timbó.
Esse foi o nosso primeiro dia… na próxima edição da Revista Paz, vamos contar como foi o segundo dia dessa aventura! Aguarde, pois é mais emoção que está por vir!