Corrupção é um tema bastante comum nos noticiários atualmente, e assunto corriqueiro em rodas de conversas e redes sociais. Normalmente, o assunto está relacionado à esfera política, mas a corrupção não acontece somente nestas relações, podendo estar mais próxima que imaginamos. Porém, aqui não pretendo fazer alusão a partido ou grupo político, mas compreender que a corrupção não é um fenômeno recente.
Analisando a trajetória de Jesus quando da sua crucificação, morte e ressurreição, dois trechos me chamaram a atenção: o primeiro está no evangelho de Mateus 26:14-16, quando Judas (discípulo de Jesus), acerta com os sacerdotes o valor de 30 moedas de prata para entregar o mestre. E creio que todos nós conhecemos o desfecho desta negociação e o triste fim de Judas.
Outro texto, também do evangelho de Mateus, no capítulo 28:12-15 (após a ressurreição de Jesus), relata que os chefes dos sacerdotes deram grande soma em dinheiro aos soldados, para que dissessem que os discípulos furtaram o corpo de Jesus durante a noite. E “Assim, os soldados receberam o dinheiro e fizeram como tinham sido instruídos. E esta versão se divulgou entre os judeus até o dia de hoje” (v. 15). Com isto, os judeus, não conheceram o Salvador e ainda esperam a vinda do Messias, até a atualidade.
O que há de comum nas duas situações acima é o uso de recursos financeiros (suborno), no intuito de alcançar benefícios, e conforme o dicionário, um dos significados de corrupção é “ação ou resultado de subornar (dar dinheiro) uma ou várias pessoas em benefício próprio ou em nome de outra pessoa”.
Como vemos, desde os dias de Jesus (e certamente antes também), os homens, em troca de algumas moedas, são capazes de trair sua fé e suas convicções (como Judas). Ou ainda alterar seu testemunho referente às verdades que presenciou (caso dos soldados). E o suborno ou a corrupção é o meio que as autoridades encontram de se manter a ‘ordem’ dos fatos, como melhor lhes convêm.
Muitos pensam que o dinheiro é capaz de comprar tudo, mas ele não compra a Vida Eterna. Em Mt.6:19-21, Jesus fala aos discípulos: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”.Onde está seu tesouro? Onde está seu coração? É fácil ver a corrupção no outros, na economia e na política? Mas, como tem sido sua conduta?
No livro de Provérbios 16:8 lemos que “Melhor é o pouco, com justiça, do que grandes rendas, com injustiça”. Que possamos ter isso em mente, não se deixando seduzir pelos ganhos fáceis que podem nos custar a eternidade! A recompensa de quem se manter fiel será maior (Ap.2:10c). Grande abraço!