Por Pastor Vilson Scholl
Primeira Igreja Batista em Marechal Cândido Rondon
Seguindo na contramão do mundo em que as pessoas caminham, aceleradas, fatigadas, com a cabeça curvada, detendo seus olhos grudados na tela de smartphones – num mundo em que o ser humano, desde pequenininho só pensa no aqui e agora, na gratificação imediata, no prazer instantâneo, de repente, uma ou outra pessoa se destaca fazendo perguntas do tipo: “Que mundo deixaremos para nossos filhos? Que planeta deixaremos para as futuras gerações?”
Honestamente, você pensa sobre essas coisas?
“Que mundo deixaremos para nossos filhos? Que planeta deixaremos para as futuras gerações?” — Se você não pensar nessas coisas, se nós não refletirmos biblicamente sobre essas questões, outras pessoas darão as respostas sobre o amanhã, responderão por mim, por você, por nossos filhos e netos.
Na palestra Por um país mais ético, Mário Sérgio Cortella, em uma escola de São Paulo, disse acreditar que a mudança do mundo depende da forma que educamos nossos filhos. Foi neste tom que ele iniciou a discussão a respeito de valores éticos que, para o educador, os pais precisam ensinar, com urgência, a seus filhos: O mundo que vamos deixar para nossos filhos depende dos filhos que vamos deixar para este mundo.
É sim uma frase de efeito, eu sei que é; mas é uma frase que carrega um conceito que, vira e mexe, acha-se muito mais completo e bem elaborado nas páginas do Novo Testamento: o conceito do discipulado cristão.
Tanto melhor será o mundo quanto mais o evangelho de Jesus Cristo penetrar com salvação e santificação no coração e na cultura das pessoas.
Mario Sérgio Cortella e todo mundo estão pregando algum evangelho – alguma “boa-notícia” – como proposta de um mundo melhor, um planeta melhor para os nossos filhos e netos. Eis uma lista “de evangelhos”, a qual não está, propositadamente, em ordem cronológica: moralismo, humanismo, anarquismo, marxismo, socialismo, comunismo, estoicismo, nazismo, fascismo, dualismo, iluminismo, materialismo, naturalismo, romantismo, capitalismo, criticismo, positivismo, existencialismo, ceticismo, cinismo, desconstrucionismo — Mas só há uma maneira de se criar um mundo melhor: A VIA DO EVANGELHO DA CRUZ DE CRISTO, o evangelho da glória e da graça de Deus que é capaz, como nenhum outro, de produzir uma nova humanidade.
Preste atenção nas palavras do apóstolo Paulo:
Efésios 2.14-16 14Porque Cristo é nossa paz. Ele uniu judeus e gentios em um só povo ao derrubar o muro de inimizade que nos separava. [QUAL MURO? A seguir:] 15Ele acabou com o sistema da lei, com seus mandamentos e ordenanças [i.e., acabou com os rituais e as cerimônias que caracterizavam a cultura de Israel e, de certo modo, a separava das outras culturas e nações], promovendo a paz ao criar para si, desses dois grupos, uma nova humanidade [uma nova raça humana sob o segundo Adão]. 16Assim, ele os reconciliou com Deus em um só corpo por meio de sua morte na cruz, eliminando a inimizade que havia entre eles.
O mundo melhor que todos buscamos só será possível no novo céu e na nova terra, a nova Jerusalém, a qual descerá do alto, da parte de Deus, como uma noiva belamente vestida para seu Cristo (Ap 21.1-2).
Até lá, apenas o cristianismo, a igreja de Cristo em suas expressões locais – igrejas produzidas pelo evangelho da cruz de Cristo; igrejas protetoras, praticantes e proclamadoras do evangelho da cruz de Cristo… apenas o evangelho pregado e praticado pelas igrejas de Cristo será capaz de produzir uma nova humanidade – a única capaz de produzir restauração, tornando o mundo em um lugar melhor. Não há outra esperança praticável ou capaz de transformar o mundo.