Há pouco tempo, a atriz Regina Casé fez uma infeliz e equivocada declaração, dizendo que “Todo brasileiro ama funk, carnaval, pagode e samba”. Será? A pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) e instituto Sensus, apontou o contrário, demonstrando que somente 41,2% dos brasileiros gostam de carnaval, enquanto 57,4% não querem nem ouvir falar do assunto (fonte: Agência Estado, 12 de Fevereiro de 2004. Obs.: não encontrei pesquisa mais recente.)
De qualquer forma, como cristãos, não podemos compactuar com esta prática. Falar sobre origem pagã, seja na Grécia e em Roma, renderia um artigo bem maior, mas o que precisamos levar em conta é que desde aqueles períodos até a atualidade, estas ‘festividades’ são marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne. Existem diferentes suposições para a origem da palavra, contudo sempre que a ouço, a primeira significação que me vem à mente é CARNE VALE, que de forma bem simplista, seria dizer que ‘os prazeres da carne valem!’
O apóstolo Paulo, que era cidadão romano (veja Atos 22:26-28), e certamente conhecia estas festividades, escreveu que “…a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o podem ser; e os que estão na carne não podem agradar a Deus.” (Rm.8:6-8 – ACF). Para onde está sua inclinação? Como diz no versículo 28, “quem agrada a carne, não pode agradar a Deus”.
Em outra carta, Paulo escreve: “Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.” (Gl.5:19-21 – NVI). Precisamos advertência mais clara que esta? Creio que não.
Mesmo que não participemos da ‘festa’ ou que não nos envolvemos com a mesma, ela está incorporada ao calendário, como data que precede o período da quaresma, não só no Brasil, mas em diversos países, e neste dia, instituições públicas, escolas e a maioria dos comércios estarão de portas fechadas. O que fazer então? Buscar ‘pular FORA do Carnaval’, seja com momentos em família, em grupos de igrejas, mas buscando estar em comunhão com Deus, e o mais distante dessa ‘festividade’, não lhe concedendo nem mesmo audiências através de emissoras de televisão.
Dou ‘graças a Deus’, pelo fato de, na nossa região, os prefeitos não entregarem as ‘chaves das cidades ao Rei Momo (deus do sarcasmo e do delírio, na mitologia grega)’, e por outro lado, ser este um período em que igrejas de diferentes denominações, aproveitam ‘o feriado’ para realizar programações e retiros espirituais. Se você puder, participe de um. Certamente, terá grandes bênçãos nestes momentos.
Mas, lembremos que se desejamos andar em comunhão com Cristo, não é somente nos ‘dias de retiro’ ou no ‘período de quaresma’, mas que durante todo o ano, possamos PULAR FORA das carnalidades que o mundo nos oferece, e declarar que em nossa vida CRISTO VALE muito mais, e preenche o espaço que nada neste mundo pode preencher.
E claro, não deixemos de orar pelas pessoas que estão envolvidas nestas ‘festividades’, para que possam encontrar discernimento e conhecer a verdadeira alegria em Cristo, e assim termos festa no Céu! (cfe. Lc. 15:10).
