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“Certo dia o Senhor Deus disse a Abrão: ‘saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa do seu pai e vá para uma terra que Eu lhe mostrarei’”. Gênesis 12:1

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“Certo dia o Senhor Deus disse a Abrão: ‘saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa do seu pai e vá para uma terra que Eu lhe mostrarei’”. Gênesis 12:1

Marechal Cândido Rondon completa 60 anos de emancipação político-administrativa em 25 de julho de 2020. Quanta história! E quantas histórias, de milhares de pessoas, que passaram e vivem por aqui!

Gente que nasceu aqui e nunca saiu. Outros que decidiram tentar a vida em outros lugares. Os que saíram e voltaram. E tem também os que vieram de fora… e nunca mais foram embora!

Nesta edição especial, vamos contar testemunhos desse último grupo de pessoas acima mencionado: gente que veio pra cá, pelos mais variados motivos e, mesmo tendo muitas oportunidades, nunca quis sair! Pessoas que escolheram Marechal Cândido Rondon para viver e constituir suas famílias, em meio a novos amigos e a um povo trabalhador e digno! Pessoas que estão construindo suas histórias aqui, assim como os primeiros colonizadores, mas agora como uma nova geração de empreendedores, novos protagonistas da história rondonense!

Um município cristão, que tem a maioria da população temente a Deus! Que tem fé. Que luta e batalha diariamente. Marechal Cândido Rondon: uma terra abençoada!

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“Amo Marechal!”

Adelton Regiani de Andrade (o Tom), 33 anos, reside em Marechal Cândido Rondon há 15 anos. Natural de Suzano (SP), morou lá até os 18 anos, em um bairro humilde, onde passou sua infância e adolescência. “Em 2004, meus pais vieram para Marechal Cândido Rondon, quando meu tio, irmão do meu pai, faleceu. Mesmo em um momento muito triste, meus pais tiveram a oportunidade de conhecer a cidade e ficaram maravilhados com a cultura, calmaria e estilo de vida dos habitantes deste município. Decidimos juntos, em família: eu, duas irmãs, cunhado, pai e mãe (e nossos cachorrinhos hehe), vir para Marechal”, relembra.

A jornada de Tom aqui iniciou exatamente no dia 03 de julho de 2005, ainda garoto, solteiro. “Estava totalmente perdido, não entendendo meu propósito na cidade. Mas, literalmente, no primeiro dia aqui na cidade busquei fazer o que sempre fiz desde os meus 12 anos de idade: frequentar alguma programação de jovens de Igreja Evangélica. Naquele momento, só queria o mais rápido possível tocar e cantar, porque era uma das únicas coisas que eu sabia fazer”, explica.

 

Os planos de Deus

Os anos foram passando e aos pouquinhos, Tom foi entendendo seu propósito aqui: não teve dificuldade de arrumar trabalho e conquistar seu espaço, o que facilitou sua vontade de permanecer na cidade. “Comecei a namorar uma mulher espetacular, a Karine, mulher de Deus para minha vida; a conheci nessa mesma e primeira igreja que encontrei. Casamos e estamos juntos há 13 anos. Acima, usei a palavra ‘pouquinho’, uma expressão que eu estava lentamente entendendo com a minha vinda. Hoje sei por completo porque estou nessa cidade maravilhosa… as maiores razões se chamam Lara e Elena, minhas filhas, frutos do nosso casamento. Hoje tenho uma família e como pai, minha preocupação em criá-la em um lugar de ‘liberdade’ é sensacional”, destaca.

Adelton comenta que talvez a palavra “liberdade” que ele cita seja muito forte para quem nasceu aqui, mas para ele, é algo real. “Para mim, que vim de São Paulo, maior metrópole, maior criminalidade, Marechal Cândido Rondon é céu! Valorizo muito isso! Tenho ciência que tudo estava nos planos de Deus, e só entendi o amor Dele em minha vida porque hoje posso criar minha família em um lugar abençoado”, ressalta.

Atualmente, Adelton é Professor Regente de Canto Coral nas Secretarias de Cultura dos municípios de Marechal Cândido Rondon e Mercedes, também exercendo, em ambas localidades, musicalização infantil e musicalização para ouvintes especiais.

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“Deus nos direcionou para Marechal”

Em meados de 2009, Carlos Formighieri e a esposa Mariléia moravam em Toledo e pensaram em abrir um comércio de semijoias na cidade de Cascavel. Passaram cerca de dois meses negociando alguns pontos comerciais que os interessaram, mas na hora de concretizar o negócio, surgia algum empecilho. “Enfim, num domingo após o culto em Toledo, estávamos conversando com o Pastor da igreja que frequentávamos e colocamos a situação para ele de que há dois meses tentávamos uma sala em Cascavel, e as coisas não fluíam de acordo. Foi então que ele sugeriu que orássemos por uma resposta do Senhor Deus. Oramos, aquietamos nosso coração e fomos para casa. Na quarta-feira seguinte, tínhamos na igreja um grupo de oração do qual participávamos, e após nossa reunião, o Pastor nos procurou para saber se surgiu alguma novidade; dissemos que nada de novo, nenhuma resposta de Cascavel. Foi então que ele sugeriu: ‘porque vocês não vão ver em Palotina’? Ah, me veio uma ‘ira’, disse comigo mesmo: ‘quero ir para uma cidade de 300 mil habitantes, me sugere uma cidade de 30 mil? Não vou mesmo’”, explica Carlos.

Os dias foram passando. Na tarde de sábado daquela mesma semana, Mariléia convidou o marido: “Vamos para Palotina?” A resposta foi um bom e tremendo NÃO. “No final da tarde, ela convidou a Maria Luiza, nossa filha, e saíram em direção à Palotina. Mas, chegando em frente a um posto de combustíveis que fica na saída de Toledo, antes do trevo em direção a aquele município, ela parou o carro e disse: ‘vamos orar, para que o Senhor nos leve onde devemos ir’. Ao subir o viaduto em direção a Palotina, simplesmente ela fez o contorno para a cidade de Marechal Cândido Rondon. Na volta para casa, Mariléia me disse: ‘sabe onde nós fomos?’ Eu respondi: ‘Palotina’. ‘Não’, disse ela… ‘fomos para Marechal Cândido Rondon’. Então pedi a ela como foi lá… ela descreveu: ‘estávamos andando no centro da cidade, e após algumas quadras, ouvimos alguém chamar: Mariléia! Foi quando a esposa do Pastor da mesma igreja que nós congregávamos em Toledo, disse: ‘O que vocês estão fazendo aqui?’ E após algumas conversas, a Mariléia disse que estava procurando uma sala para alugar para abrir uma empresa e a esposa do Pastor informou que ali no Hotel Bavária, tinha uma sala vaga de esquina. A Mariléia foi até o hotel, e foi informada pela recepcionista que deveríamos conversar com o proprietário, e que o mesmo só estaria no dia seguinte. Ligamos para ele e marcamos para conversar no domingo. No dia seguinte, viemos e conversamos, expomos a intenção do nosso negócio, e resolvemos marcar um novo encontro para decidirmos alguns detalhes na quarta-feira seguinte. Vale lembrar que, desde o momento em que minha esposa falou de Marechal, o meu coração se aquietou.  Não fizemos nenhuma pesquisa sobre o comércio na cidade, apenas tudo foi fluindo de maneira certa e correta”, relembra Carlos.

 

“Seja bem-vindo”

Carlos destaca que como Cristãos, chegaram em Marechal Cândido Rondon não para disputar com ninguém, mas sim incrementar o comércio desta cidade. “Por isso, dizemos que não temos concorrentes, somos parceiros, pois o sol nasce todos os dias para todos, e nossa visão é fazer aquilo que na Palavra está escrito: ‘Tudo o que você fizer, faça como que ao Senhor você estivesse fazendo’. Com a nossa loja, a Joias Canaã, trazemos para Marechal e região, os mesmos produtos que são comercializados em grandes lojas, fazendo com que as pessoas tenham aqui o mesmo produto de qualidade encontrado em grandes centros. Enfim, estamos muitos felizes por aqui estar, fazendo parte do progresso desta região, e agora em agosto, completamos dez anos de Marechal, e vemos o quanto nossa cidade cresceu, e nós estamos fazendo parte deste crescimento. Por isso, agradecemos primeiramente ao Senhor Deus, que é o nosso provedor, que fechou as portas de Cascavel, mas abriu as portas em Marechal que estarão sempre abertas para receber com carinho e dedicação a todos os nossos clientes e amigos. Vale lembrar que, quando chegamos com nossa mudança, minha esposa viu no portal de Marechal uma placa que dizia: ‘Seja bem-vindo’ e ela respondeu para aquela placa: ‘Então tá, assim nós vamos nos sentir’. Obrigado Marechal Cândido Rondon, nossos clientes, nossos parceiros… obrigado ao comércio em geral! Juntos somos fortes! Obrigado em especial ao Senhor Deus, pois em todos os momentos de provação e lugar, Ele nos tornou mais que vencedores”, finaliza.

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“Rondon nos escolheu”

O ortopedista Luiz Felipe Ricci Vieira e a esposa Fabianne, dermatologista, vieram a Marechal Cândido Rondon no ano de 2012. “Nosso motivo por ter escolhido vir para Marechal Cândido Rondon é que, na realidade, foi Rondon que escolheu a gente! Na época em que nos formamos, acabou a residência e tudo mais, tivemos convite para três cidades: uma no Ceará, outra em Minas Gerais e aqui. Na época, avaliamos as possibilidades, tanto pra mim, quanto para a Fabianne: o local que tivesse oportunidades para nós dois, seria uma cidade que valeria a pena”, explica.

Dr Luiz Felipe explica que, tanto no Ceará, quanto em Minas Gerais, encontraram dificuldades de oportunidades de trabalho que ficasse viável para ambos. Além disso, queriam uma cidade menor, com menos violência e problemas que enfrentavam no Rio de Janeiro, onde moravam. “Depois de analisar tudo, resolvemos vir para o Sul, por vários fatores, como o clima, a facilidade de acesso a boas escolas, aeroporto, bons comércios, redes bancárias… enfim, tudo foi nos atraindo. Deixamos nossa família e amigos no Rio de Janeiro, para nos mudarmos para cá. Foi uma mudança enorme para dois jovens recém-casados”, explica.

 

Filhos rondonenses

Luiz Felipe destaca que logo gostaram muito daqui. “Fomos muito bem acolhidos pela cidade, pela população em geral… a comunidade foi muito gentil e generosa com a gente e logo fomos fazendo grandes amigos. Aqui temos boas escolas, vimos uma boa oportunidade para criar os nossos filhos, ter um bom rendimento, conseguir fazer as coisas realmente acontecerem e ter uma qualidade de vida melhor. O fato de, por exemplo, não ficar preso no trânsito por duas horas e meia, como acontecia no Rio de Janeiro, é algo muito bom! Aqui vimos oportunidade de crescer na nossa profissão, mostrar o trabalho de cada um na sua área. Estamos muito contentes com a cidade, tanto que temos dois filhos rondonenses: o Mateus e a Luiza”, ressalta.

O casal avalia que Marechal Cândido Rondon é uma cidade que os acolheu e que traz várias facilidades, tendo tudo o que precisa. “Estamos próximos de tudo… algumas pessoas falam que aqui não tem nada pra fazer… mas, eu digo que é tudo próximo: cidades maiores e até outros países… é tudo perto! Saí de uma capital, em que pra ir pra outra cidade, mesmo que fosse 30 quilômetros, demorava 2h30 em média… aqui é tudo muito mais fácil nesse sentido. Aqui estamos felizes e podemos dizer que escolhemos Marechal Cândido Rondon para viver e criar nossos filhos”, finaliza.

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“Fixando raízes”

Berenice Ferreira Silveira Nassar nasceu em Ponta Grossa, cursou magistério, no Ensino Médio, e Direito na Universidade Estadual de Ponta Grossa, pós-graduação na Escola da Magistratura do Paraná. Naquela cidade, trabalhou como secretária em estabelecimento de ensino e foi advogada. Tornou-se Juíza de Direito em 1993, por aprovação em concurso público, tendo trabalhado nas cidades paranaenses de Paranavaí, Alto Paraná, Paraíso do Norte, Terra Rica, Terra Roxa e Marechal Cândido Rondon, onde reside desde 1996. Também trabalhou como professora, na Escola da Magistratura de Cascavel. Em Marechal Cândido Rondon, respondeu pela Vara Cível de 1996 a 2012, pela Vara de Família e Anexos de 2013 a 2017 e atualmente é titular dos Juizados Especiais.

Casada com Roberto Kalil Nassar e mãe de Roberta e Luciana, veio morar para cá em 1996, para trabalhar e acabou fixando raízes, juntamente com seu esposo, pois foram muito bem acolhidos pela comunidade e se adaptaram facilmente. Roberto atuou como advogado e professor universitário tão logo se mudou para cá e depois acabou se dedicando com exclusividade ao magistério superior, desenvolvendo atividade docente e como coordenador no Curso de Direito da Unioeste. “No primeiro ano, vim com as minhas filhas, que ainda eram bebês, e Roberto vinha para cá nos fins de semana, pois ele trabalhava em Paranavaí, para onde tínhamos planos de voltar a morar. Mas, no final daquele primeiro ano, decidimos ficar morando aqui em Marechal Cândido Rondon, pois consideramos que seria um bom lugar para criar as nossas filhas e nos desenvolvermos profissionalmente, desfrutando da vida simples de uma cidade pequena, dotada de qualidade de vida e com caráter progressista”, explica Berenice.

 

Uma cidade organizada

Dra Berenice conta que, nesses anos todos vivendo aqui, as portas da carreira profissional sempre estiveram abertas para mudanças para outras cidades, mas o estilo de vida rondonense fez com que criassem raízes, a ponto de quando suas filhas saíram para estudar em centros maiores, o casal preferir permanecer aqui, e hoje mesmo elas tendo seguido seus rumos, permanecem em Marechal Cândido Rondon, porque gostam e elas também identificam esta cidade como o lar da família. “Marechal Cândido Rondon é uma cidade muito organizada, a comunidade é ordeira e valoriza o trabalho, a boa educação e a solidariedade, e eu me identifico com tudo isso, a ponto de me sentir muito abençoada por morar aqui. Também é uma comunidade com elevada religiosidade, que preza especialmente pelos valores cristãos, que se traduzem em manifestações de solidariedade e união pela pacificação social, sendo especialmente tocante os frequentes eventos ecumênicos”, ressalta.

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