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Deus, nosso Pai!

“Contudo, aos que o receberam, aos que creram em Seu Nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus”. João 1:12

 

Que versículo lindo, concorda? Somos filhos de Deus! Ele é nosso Pai! Quando chamamos Deus de Pai, podemos pensar: qual a referência de pai que nossos filhos têm? E você que é pai, tem sido exemplar? Estamos falando do pai terreno e independente de como foi ou é o seu, podemos ter a certeza que o nosso Pai celestial é maravilhoso!

Jesus, deixou a presença do Pai no céu, para se tornar Servo e entregar Sua vida por nossos pecados. Porém, o Pai nunca deixou de estar com Ele, o amparou e acolheu como um Fiel Companheiro. Em toda a trajetória de Jesus, enquanto esteve no mundo, Ele demonstrou nitidamente a Presença de Deus Pai com Ele, e nos ensinou a nos aproximarmos da presença do Pai.

Neste mês em que comemoramos o Dia dos Pais, trazemos essa reportagem especial. Seja edificado!

 

“Todos somos permissão de Deus”

Ninguém nasce ou existe por acaso, essa é a realidade de cada pessoa existente na face desse planeta. Com essa afirmação, o pastor Adelson de Oliveira, da Igreja Evangélica Jesus para as Nações, de Marechal Cândido Rondon, inicia a sua participação nesta reportagem. “Você, eu, cada um de nós não somos frutos do acaso, ou de um acidente entre um casal, ou um erro de percurso. Somos permissão de Alguém superior a tudo e a todos, seja no céu, na terra ou abaixo dela. Somos permissão de Deus, com um propósito, com uma missão por parte Dele. A própria Bíblia diz: ‘Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro’. Jeremias 29:1. Quantos de nós nascemos e não sabíamos disso? Quantos de nós crescemos com um ensinamento totalmente contrário do que Deus tem para nós? Quantos estão nascendo hoje e não vão saber porque nasceram, rejeitados, abandonados e jogados sabe lá onde?”, questiona.

O pastor Adelson conta que nasceu, cresceu até uma certa idade, ouvindo que seu pai deixou a sua mãe, foi embora porque não queria que ele nascesse. “Eu ouvi que ele disse o seguinte: ‘ou você aborta essa criança ou eu vou embora’. Mas, a minha mãe que foi mãe e pai ao mesmo tempo em toda a minha criação e educação, respondeu: ‘pode ir porque eu não vou abortar essa criança’. Você já viu ou ouviu isso em algum lugar? Será que isso não continua acontecendo hoje, mães que precisam assumir os dois papeis: mãe e pai ao mesmo tempo? A minha fez isso e olha, fez muito bem! Nasci no estado de São Paulo, cresci no meio de cinco irmãos, quatro mulheres, um homem e logo após eu. Mais tarde, tivemos a irmã que costumamos chamar de a irmã caçula. Aprendi a nunca falar mal do pai, por mais que tivesse aprendido que ele tinha ido embora porque não queria que eu nascesse. Eu achava que essa informação nunca me afetaria e que nunca seria prejudicado por causa dessa atitude paterna, mas um dia eu casei e tivemos a nossa primeira filha. No início, quando ela nasceu, foi só alegria, bênção de Deus, fruto de um casamento abençoado e ela uma menina abençoada, permissão de Deus, pois minha esposa não podia engravidar, mas como nós cremos em um Deus de milagres, nossa primeira filha nasceu. Com o passar do tempo, percebi que estava sendo um pai ausente e que minha esposa estava sendo o que a minha mãe foi para mim: mãe e pai ao mesmo tempo. Eu achava que não tinha nada a ver, mas a minha história vivida, estava se repetindo na vida da minha filha. Detalhe: eu já era pastor, exercendo o ministério há mais de quatro anos. Até que um dia fui confrontado pelo Espírito Santo a respeito do assunto do meu pai. Teve um período da minha vida em que eu transportava aluno de uma cidade a outra para a faculdade, tinha que esperar no local para trazê-los de volta. Então, ou eu ia na Biblioteca ou ficava dentro da van, estudando a Bíblia, até que em um dia desses, o Espírito Santo falou, bem audível: ‘você precisa liberar perdão para o seu pai’. Olhei para os lados e não vi ninguém, segui lendo a bíblia, e novamente eu ouvi: ‘você precisa liberar perdão para o seu pai’; quando foi na terceira vez, eu bati no volante com muita raiva e disse: ‘como eu vou liberar perdão para alguém que eu nunca vi e nem conheço e que foi embora, porque não queria que eu nascesse?’ A voz falou de novo: ‘você precisa liberar perdão para o seu pai’. Foi o que eu fiz, bravo, mas fiz! Pedi perdão para Deus, primeiro para Ele, porque mesmo sem saber eu estava pecando em guardar ressentimento, e depois falei bravo com Deus: ‘eu libero perdão para esse pai, que nunca vi e não conheço’. Foi como tirar uma tonelada das minhas costas, me senti leve por ter liberado alguém que eu nem sabia que estava carregando. Deus é assim, mas é necessário aceitar o tratamento Dele na nossa vida, para vivermos os planos Dele”, destaca.

 

“Ninguém nasce por acaso”

Adelson explica que passou a ser um pai presente e hoje para a glória de Deus, sua esposa Dulce e ele, têm duas filhas abençoadas, que os acompanham ativamente no Ministério: Quezia e Deborah. “Para conhecer meu pai pela primeira vez, fiz um propósito com Deus, na compra de um veículo que eu fui buscar em São Paulo. O propósito foi que, se o carro fosse para ser nosso, então, que Deus confirmasse, me permitindo conhecer meu pai. Aos 47 anos, através de um primo por parte de meu pai, que me levou até ele, conheci o meu pai e tive a oportunidade de saber o verdadeiro motivo dele ter ido embora. O motivo não foi eu, mas uma tia, irmã dele, que fez um monte de fofocas e mentiras a respeito da minha mãe. Vejam como são as coisas e como a destruição de uma família muitas vezes acontece. Minha mãe confirmou essa verdade quando comentei o assunto com ela. Minha mãe faleceu há três anos, aos 92 de idade. Meu pai continua vivo e tenho um bom relacionamento com ele. Quando o conheci, a conversa foi tão boa e saudável que ele não queria me deixar vir embora. Ele mora em São Paulo, descobri que tenho outros irmãos por parte dele. Concluo dizendo que precisamos buscar andar alinhado com Deus; Ele nos cura, cicatriza as feridas emocionais, restaura, exatamente para vivermos os planos Dele para conosco, afinal, ninguém nasce por acaso”, finaliza.

 

O pai cristão e Deus, o Pai

Mês de Agosto – um mês de muitas histórias e lembranças. Na celebração do Dia dos Pais, naturalmente vem à tona lembranças especiais de filhos e pais. Nem todas as lembranças são, necessariamente, positivas. Mas todas têm a sua importância pois nos fizeram chegar até aqui, e de algum modo nos forjaram, ensinaram, amadureceram, sendo nós pais ou filhos. Com essas palavras, o pastor Sandro Edgar Krüger, da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, Congregação Cristo, inicia a sua participação nesta reportagem.

Ele destaca que, no Dia dos Pais, muitas famílias irão se encontrar. Naturalmente, muitos irão receber presentes, abraços e felicitações. No entanto, a celebração dessa data nos remete para algo muito além disso: nos faz olhar para a nossa relação com nosso pai, estando ele aqui ou não mais. “A paternidade é revestida de honra e autoridade. Deus coroou essa relação entre pais e filhos reservando um mandamento para direcionar essa experiência: Êx. 20.12: ‘Respeite o seu pai e a sua mãe, para que você viva muito tempo na terra que estou lhe dando’. Não é sem motivo que Deus nos manda honrar, respeitar e amar nosso pai. O pai tem uma função e responsabilidade muito especial e importante: levar seu filho no caminho de Deus, no caminho da fé. A Escritura nos conduz nesse sentido quando diz em Efésios 6.4: ‘Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com a disciplina e os ensinamentos cristãos’. Também está escrito em Provérbios 22.6: ‘Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele’; Ensinar a criança ‘no’ caminho parece presumir que aquele que ensina (o pai) esteja junto neste caminho. Como poderia um pai ensinar o seu filho ‘no caminho’ se o próprio pai não estivesse também nesse caminho? Aqui talvez, esteja uma das chaves mais importantes que nos conecta aos nossos filhos, e conecta nossos filhos a Jesus: o exemplo de um pai cristão”, ressalta.

O pastor Sandro comenta que, naturalmente, o ser humano aprende por repetição. Foi assim que aprendemos a falar, sorrir, abraçar, caminhar, e tantas outras coisas. Quando Deus deu ao povo de Israel – por meio de Moisés – Disse o Senhor: “Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem” (Deuteronômio 6.6,7). Deus previu que os pais ensinassem os filhos, passassem de geração a geração as leis que eles deviam seguir. Não se tratava e ensinar uma só vez, mas de modo repetido ao longo da vida. E isso, só possível quando se vive aquilo que se ensina. O ensino mais poderoso que existe é aquele não-verbal. Não meramente o que dizemos, mas o que fazemos. Filhos seguirão o exemplo dos seus pais, invariavelmente. “Lembro-me de ter conversado com muitos pais, ao longo do meu ministério pastoral, dizendo a eles da importância de participarmos dos cultos e atividades da Igreja, pois lá está a Palavra de Deus. E, em uma destas ocasiões ouvi a seguinte resposta de um pai: ‘eu falo para os filhos irem à igreja’. No entanto, o que Deus deseja do pai cristão não é que simplesmente envie ou mande o filho para a igreja, mas sim, que ele o leve. Assim também, pouco valor terá o pedido do pai que diz ao filho para ler a Bíblia, se, ele mesmo nunca não mostra esse exemplo e nunca fez isso com seus filhos. Assim, levar os filhos a Jesus não se resume a ‘apontar’ o caminho, mas estar no caminho e conduzir os filhos nele. E o caminho para Deus um só: Jesus (Jo.14.6)”, destaca.

 

O nosso Grande Pai

Se, por um lado, o Dia dos Pais sempre nos remete às lembranças sobre nosso pai e a nossa relação com nossos filhos, também, é um período propício para lembrar do nosso Grande Pai – O Senhor Deus. Pode parecer muita presunção chamar Deus de nosso Pai, mas de fato assim podemos fazer. E, por dois motivos básicos: (1) Jesus assim nos ensinou a fazer, primeiramente quando nos ensinou a orar. Ele disse: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome” (Lc. 11.9) (2) Também, mais tarde quando ressuscitou e foi visto por Maria, pediu a ela que desse esse recado aos seus discípulos: Vá se encontrar com os meus irmãos e diga a eles que eu vou subir para aquele que é o meu Pai e o Pai deles, o meu Deus e o Deus deles” (Mt. 20.17) Essas palavras foram ditas a seguidores de Jesus. Todo aquele confia em Jesus é filho de Deus. Não porque nele haja mérito para ser um filho de Deus, mas sim porque Deus nos adota como filhos, por meio da fé, como escreve o apóstolo Paulo: “Pois, por meio da fé em Cristo Jesus, todos vocês são filhos de Deus” (Gl. 3.26). E, essa nova condição de ser filho de Deus é ação do Espírito Santo – O próprio Deus é quem nos dá uma nova vida e nos torna seus filhos, como atesta novamente Paulo: “Pelo contrário, o Espírito torna vocês filhos de Deus; e pelo poder do Espírito dizemos com fervor a Deus: ‘Pai, meu Pai!’” (Rm. 8.15b). “Ser filho de Deus é mais do que usar um pingente de cruz, ouvir músicas cristãs ou ir à igreja. Mas é ser renovado, pela ação do Espírito de Deus que nos transforma e chama para uma nova vida. Então, desde esse novo nascimento na fé, vivemos sob a Esperança vinda da cruz de Cristo. Essa Esperança nos mostra que, como filhos de Deus recebemos o perdão pleno em Jesus, e que, somos então herdeiros da Vida Eterna. Essa alegria também sentiram, e nessa certeza viveram Abraão, Davi, Rute, Mateus, Zaqueu, Pedro, Maria, Paulo e tantos outros que andaram com Deus e creram no Salvador Jesus Cristo, revelado pelo Pai”, explica.

A alegria de ser filho de Deus é, sem dúvida, a mais consoladora mensagem, e ao mesmo tempo, o mais alto nível de satisfação e plenitude que uma pessoa possa sentir neste mundo. O que não significa que um filho de Deus não passe por percalços na vida. Provações nesse mundo fazem parte da nossa caminhada. Sofrimento por causa da fé estão constantemente ao nosso redor, como disse Jesus, enquanto animava os seus discípulos a permanecerem firmes: “No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo” (Jo. 16.33b). Além disso, tal como Deus fez como o povo de Israel, permitindo certas dificuldades e repreensões, Deus também assim faz conosco. Ele nos repreende para nos aperfeiçoar na fé e na confiança Nele. Essa relação do Pai conosco é extremamente especial. Mesmo em suas repreensões, não precisamos ficar desanimados, pois o Seu Amor Divino não está ausente: “Porque o Senhor corrige quem ele ama, assim como um pai corrige o filho a quem ele quer bem” (Pv.3.12).

 

Vida cristã…

Todas as alegrias desse mundo em que vivemos existem apenas no aqui e agora. Mas, a alegria que recebemos em Jesus, como filhos do Pai Celestial, aponta para a Vida Eterna. Por isso, não há maior alegria nesse mundo do que saber que Deus nos tornou seus filhos. Mas, existe uma dádiva que pode ser acrescentada a esta: saber que nossos filhos são também filhos de Deus. Que satisfação e alegria tem o pai cristão que conduz os filhos ao Senhor desde a infância. Que consolo saber que além de termos sido abençoados com a paternidade sobre os filhos que Deus nos deu aqui, eles também pertencem ao Senhor. Por isso, pais, continuem firmes em vossa missão e levem vossos filhos ao Senhor. O desafio aos pais da atualidade é grande, frente à concorrência de novas filosofias, ideologias e atrativos do mundo em que vivemos, e não podemos ignorar essas provações. Apesar disto, sabemos que a Palavra de Deus é viva, poderosa e eficaz (Hb. 4.12) para dar uma nova vida a pais e filhos. Vida cristã e exemplos vivos são fundamentais para nossa família, especialmente nossos filhos. Não devemos temer falar aos filhos sobre Jesus e que temos um Pai no Céu. Levar os filhos ao Senhor e incutir neles a Palavra de Deus não é tirar a liberdade deles, como alguns pensam. Imagine a seguinte situação: o que pensaríamos de um pai que deixa de prover saúde, educação e alimento ao filho? Esta seria uma falta grave, e digna de reprovação. No entanto, como pais preocupados com nossos filhos, não agimos assim. Pelo contrário, desde a infância, suprimos nossos filhos de todo o necessário para suas vidas, damos alimento e roupas, vacinas para imunização, alfabetização e tudo o mais, pois sabemos que eles necessitam disto tudo. Também assim, levemos ao Senhor os filhos que Deus nos deu, pois assim estamos colocando-os no caminho da Salvação em Jesus.       Sou filho de um pai cristão, que desde a minha infância me levou ao Senhor. Fui batizado e orientado na Palavra do Senhor, e tive a oportunidade de ver exemplos de uma vida cristã. E muitas das experiências que tive com meu pai, hoje procuro seguir também na educação de minhas duas filhas. Por exemplo, durante toda a minha infância, sempre antes de viajarmos fazíamos oração. Também após as refeições, à mesa, tinha lugar um momento devocional. E, minha participação na Escola Bíblica de nossa igreja sempre foi uma prioridade para meus pais. Estas, e outras vivências, que fizeram sentido para minha vida e me uniram mais a Jesus também quero proporcionar às minhas filhas. Pois, embora seja eu honrado com a dádiva da paternidade, sendo pai de duas filhas maravilhosas, reconheço que elas pertencem ao Senhor. Por isso, não podemos nos abster de cumprir e honrar nosso dever na qualidade de pais cristãos. Que neste Dia dos Pais, o Senhor conceda suas bênçãos e bons momentos para pais e filhos. Que Deus renove o desejo e a força de todos os pais cristãos em sua missão de levar os filhos ao Senhor. Acima de tudo, que sejamos lembrados de que independente das nossas experiências como pais ou filhos, em Jesus somos filhos do Pai Celestial. Feliz Dia dos Pais, sob as bênçãos do Pai”, finaliza o pastor Sandro.

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