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Milton Tehlen: a cura através da Fé!

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Milton Tehlen: a cura através da Fé!

“E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito” Romanos 8:28

 

Agosto Azul: um mês dedicado à saúde do homem. Todos sabemos que devemos cuidar da nossa saúde, tendo hábitos saudáveis, com a prática de exercícios físicos, alimentação adequada, tempo para o lazer e sempre com os exames médicos preventivos em ordem.

A campanha Agosto Azul visa orientar a população masculina sobre a importância de manter hábitos de vida saudável, com foco na prevenção de doenças durante todo o ano, não apenas no mês de agosto. O principal objetivo é motivar uma mudança cultural para que os homens procurem atendimento médico e se dediquem de fato à sua saúde, atentando-se para alguns cuidados fundamentais.

Nesta edição, vamos contar um pouco da história de Milton Tehlen, que foi curado por Deus de uma doença grave: o câncer. Com a ajuda da medicina e principalmente muita fé, ele superou esse grande deserto em sua vida, por duas vezes. Confira esse lindo testemunho e seja edificado:

 

Sua base na fé

Milton, 58 anos, natural de Nova Santa Rosa (onde sempre residiu), é o filho mais novo de uma família de quatro irmãos. Perdeu o pai aos 11 anos por um câncer. É casado com Irdes Tehlen, há 34 anos, tendo dois filhos: Khetryn, casada com Timoteo (pais de Rebeca e Joaquim), e Kevin, casado com Jessica, ambos formados em Teologia desde dezembro e atualmente servindo em uma Igreja Batista em São Paulo, capital. É contador de profissão, exercendo a atividade há 33 anos no escritório de contabilidade da família.

Ele conta que nasceu num lar cristão (Batista), tendo os ensinamentos da Palavra de Deus desde a primeira infância. “Minha decisão e batismo foi aos 12 anos, na Primeira Igreja Batista em Nova Santa Rosa. A conversão foi apenas um passo de confirmação e decisão pessoal para seguir esse caminho que aprendi com meus pais e igreja. Sou membro da PIB Nova Santa Rosa desde a conversão, ou seja, há pelos menos 45 anos. Atualmente, sou presidente da comunidade e também presidente da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil”, explica.

 

Uma doença preocupante…

Milton explica que o primeiro sintoma foi em julho/agosto de 2014. “Estávamos na cidade de Santa Maria de Jetibá (ES), participando da Assembleia da Convenção Batista Pioneira, quando percebi um pequeno caroço (nódulo) na axila do braço esquerdo; mostrei pra minha esposa e combinamos buscar ajuda assim que chegássemos em casa; foi o que fizemos, ocasião em que foi diagnosticado o câncer, pois até lá sequer imaginávamos que um pequeno nódulo, indolor, pudesse ser um câncer. Realizei o tratamento através de quimioterapia de outubro de 2014 até janeiro de 2015. Em março de 2015, fiz o exame chamado PetScan, que apresentou resultado totalmente satisfatório ao tratamento. Fiz acompanhamento através de tomografias periódicas pós tratamento e exatamente 5 anos depois, num exame de rotina, o câncer apareceu novamente, agora com um linfoma relativamente grande perto da veia aorta, que através de um novo exame de PetScan, em dezembro de 2019, foi confirmado e demostrou diversos outros linfomas já espalhados pelo corpo, inclusive com inflamação e inchaço da amígdala. A partir de janeiro de 2020, fiz novo tratamento de quimioterapia, cujo resultado não foi satisfatório, necessitando fazer mais 24 aplicações de radioterapia. Os resultados atuais dos exames são muito bons, no entanto, demanda de constante acompanhamento para observar qualquer recidiva, precisa ficar vigilante. O câncer que tive era no sistema linfático, de nome Linfoma não Hodgkin Folicular, e segundo o médico que diagnosticou no início, um câncer relativamente fácil de tratar, no entanto, difícil de curar totalmente, sempre há grande possibilidade de recidiva. O tratamento é sempre muito doloroso, pois provoca uma baixa muito grande da imunidade, fraqueza e cuidado com a alimentação”, relata.

 

Duas escolhas…

Milton conta que, quando descobriu a doença, foi um choque. “Perde-se o chão, não só para mim mas para toda a minha família, amigos e igreja. Mas, depois de alguns dias, quando você começa a refletir a analisar seus valores e princípios da família, fé e perspectivas, acaba-se alinhando pensamentos e tudo começa a tomar outra forma. Busquei força em Deus para enfrentar o tratamento a fim de obter o melhor resultado. A família, amigos e igreja (fé), são fundamentais para enfrentar o tratamento e vislumbrar uma luz no fim do túnel. Tive apoio incondicional de todos, me senti totalmente amparado. No segundo dia após a descoberta, tive uma longa conversa com o então Pastor da minha igreja, Pr Waldi Frey, que ouviu a minha ansiedade e depois disse o seguinte: ‘Milton, o resultado desse tratamento vai depender fundamentalmente de você. Você precisa decidir como vai encarar esse tratamento, se vai se entregar à doença e ao desânimo, ou se vai encarar com força e fé e colocar em prática aquilo que você aprendeu ao longo da sua vida cristã e por muitas vezes, falou aos outros’. Diante dessas palavras de desafio, resolvi estabelecer alguns pilares para passar por esse deserto: 1 – Reconhecer que a vida é graça de Deus, vivemos porque Ele nos presenteia com a vida a cada novo dia e decidi viver dependente da graça de Deus, sabendo que nada foge do controle Dele em nossas vidas. 2 – Acreditar na medicina e nos médicos, confiar no tratamento proposto e não buscar caminhos alternativos (curas miraculosas) que nos são propostos nesses momentos de fragilidade. 3 – Fazer a minha parte, ou seja, não entregar os pontos. Dentro das possibilidades e forças, continuei trabalhando, vivendo o mais normal possível com minha família, amigos e igreja. Naquilo que foi possível, continuei agindo normalmente; isso me deu forças para cada novo dia”, ressalta.

 

Tratamento e pandemia

O segundo tratamento, em 2020, foi praticamente todo feito durante o período de pandemia, tanto a quimioterapia, quanto a radioterapia. “Tomei cuidados redobrados, pois estava com a imunidade muita baixa e por outro lado, frequentando lugares (hospitais, laboratórios e clínicas), onde a proliferação da doença estava muito presente, mas como comentei anteriormente, reconhecer que a vida é graça de Deus é fundamental, então fiz a minha parte e o restante vivi da dependência Dele. Não dá pra transformar a doença numa neura, pois a gente se auto prejudica”, acredita.

Nesse período, Milton sentiu sua vida de fé fortalecida a cada dia. “Tenho total convicção que Deus tem propósitos na vida da gente e quando entendemos isso, percebemos que cada deserto pelo qual passamos servem para o nosso aperfeiçoamento e crescimento. Como sentia a presença de Deus durante o tratamento? Essa é uma experiência muito pessoal; penso que é um privilégio, pois somente Deus pode dar o conforto e força da qual precisamos num momento como esse. Me senti totalmente amparado pela vontade de Deus, reconhecendo que também a doença é permissão de Deus. Foram incontáveis os textos bíblicos que recebi de amigos e familiares, cada um deles especial para o momento, mas existe um versículo que acompanha a nossa vida conjugal ao longo dos nossos 34 anos de casados, que é Romanos 8:28 – ‘E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito’. Nessa promessa e propósito que passamos por esse período”, enfatiza.

 

Um milagre!

Milton está com os resultados dos exames muito bons, sendo que a sua médica avaliou como totalmente satisfatório e disse para seguir a vida. Perguntado se vê isso como milagre, a resposta é enfática: com certeza! “A cura pela medicina também é um milagre. Deus deu ao homem inteligência e capacidades para adquirir conhecimentos e a medicina faz parte disso, portanto vejo a medicina como uma dádiva divina a quem devemos recorrer nesses momentos para obter resultados”, explica.

 

Algumas lições…

O Salmista no Salmo 39: 5-6 assim diz: “Deste aos meus dias o comprimento de um palmo; a duração da minha vida é nada diante de Ti. De fato, o homem não passa de um sopro. Sim, cada um vai e volta como a sombra. Em vão se agita, amontoando riqueza sem saber quem ficará com ela”. Milton enfatiza que o importante foi perceber mais as verdades bíblicas. “Somos insignificantes aqui na terra diante da grandiosidade de Deus. Nos orgulhamos muitas vezes de quem somos, do que construímos, do que temos, mas a vida é muito curta para pensarmos apenas nisso. Mais vale o ser do que o ter. A presença de Deus em nossa vida depende do relacionamento que temos com Ele. Normalmente ‘acionamos’ Deus quando estamos em alguma dificuldade, no entanto, a percepção que temos do cuidado de Deus para com a nossa vida depende do que decidimos em relação à nossa vida cristã, ou seja, sentiremos o agir de Deus, a mão de Deus em nossa vidas, na proporção da caminhada que temos com Ele em nosso dia a dia. Eu tive o privilégio de experimentar isso muito de perto ao longo da minha vida e sobremaneira neste momento de doença e tratamentos. A fé ou o crer em Deus Criador, Salvador e Senhor de nossas vidas, é algo pessoal e dependendo da resposta que você dá a isso é que vamos definindo o sentido da nossa vida e da fé; pra isso, precisamos primeiro entender e aceitar que o ser humano ou a vida compreende ou é formado em pelo menos três áreas: Corpo, Alma e Espírito. Quando entendemos e aceitamos isso, a fé passa ser o norteador da nossa vida”, ressalta.

 

Apenas um deserto…

Tendo passado por esses momentos difíceis em sua vida, Milton destaca que a doença ou a dificuldade não é o fim, é apenas um deserto e uma oportunidade de você se realocar naquele momento e identificar o que esse momento tem a te dizer ou ensinar. Ele deixa um conselho às pessoas que estejam passando por alguma dificuldade: “Jamais pergunte por que, mas sim, para que. Não perca a esperança, confie em Deus e na medicina, não deixe de viver o hoje, pois o amanhã não nos pertence. A dor ou doença não é algo fácil de passar, causa tristeza e sofrimento a nós e aos nossos familiares e amigos, no entanto, é um fardo ou carga que precisamos carregar, alguns por menos tempo outros por mais tempo, alguns recebem a cura total, outros parcial e para outros ainda acaba em morte. O importante é que no final saiamos fortalecidos, tanto nós como os que nos cercam. Como já mencionei antes, a nossa vida é um sopro e mais vale o ser do que o ter. Resumindo, o que fica é o legado que você deixará para seus filhos e para as pessoas com quem teve oportunidade de conviver. Cultive amizades e bons relacionamentos enquanto tudo está bem, pois quando você passar por alguma dificuldade, perceberá a diferença, terás uma multidão ajudando a carregar o seu fardo. Não perca tempo com desavenças ou brigas banais. Tenha fé em Deus. Servir aos outros é servir a Deus”, finaliza.

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