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“Estar respirando já foi um milagre”

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“Estar respirando já foi um milagre”

Anderson Marciano (38), é casado com Kátia, com quem tem três filhos: Haniel, Kaleb e Rizia. Há pouco mais de um ano, teve uma experiência muito complicada: sofreu um acidente gravíssimo. Mas, com muita fé, teve sua saúde totalmente restaurada, graças a Deus.

Acompanhe esse testemunho e seja edificado: o mesmo Deus que tem Seus milagres descritos na Bíblia, continua fazendo grandes milagres nos dias atuais! Toda honra, glória e louvor a Ele!

 

Uma descarga elétrica!

Anderson é cabista de uma empresa que presta serviço de internet. “Eu mexia na parte do ‘backbone’ que tem a função de cuidar das redes que interligam as cidades e ativação de link para empresas terceirizadas. Também trabalhava dentro do ‘datacenter’, cuidando dos aparelhos e dos links da empresa. Tenho três anos de experiência nessa área. Sempre usei os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): cinto, capacete, escada de fibra e tudo mais que é necessário. Sempre isolava a área que estava trabalhando, cuidava dos mínimos detalhes do trabalho; até mesmo quando trabalhava no período noturno, quando dava rompimento por conta de animais, insetos… sempre tive todos os cuidados”, explica.

Mas, no dia 30 de agosto de 2021, um acidente aconteceu! “Acordei como em todos os outros dias e na parte da manhã trabalhei em Nova Santa Rosa (onde moro), por volta das 11h fomos a Toledo e depois do almoço, para o Distrito de São Luís para fazer um serviço lá. Na volta, passamos por um local que estava com um cabo baixo, onde subi para arrumar e quando estava terminando o serviço, recebi uma descarga elétrica de 34.500 watts. Por cerca de meia hora fiquei desacordado no poste até chegar o atendimento, isso é o que relatou o meu companheiro de serviço, Tiago… porque não lembro do acontecido”, destaca.

 

Em estado gravíssimo

A esposa Kátia conta que ainda não é fácil relembrar o fato. “Foi um grande susto quando recebi a notícia. No primeiro atendimento no local do acidente, pelo SAMU, o Anderson ainda falava: dizia que estava doendo o braço, que queria um remédio pra parar de doer! Pelo estado dele, a equipe achou melhor não levar de helicóptero, então foram de ambulância. Como a descarga era de alta tensão, tudo poderia acontecer; portanto, ele estar respirando já era um milagre. As chances de ter uma parada cardíaca eram muito grandes. Foi encaminhado a um hospital de Toledo e até ser transferido para outro hospital, já tinha sido intubado. Esperando o médico da UTI móvel para a locomoção dele para um hospital especializado na cidade de Maringá, o médico relatou que o estado dele era gravíssimo. No caminho, os médicos tiveram que reanimá-lo”, relembra emocionada.

Anderson teve pneumonia, infecção no sangue, uma bactéria multirresistente que nenhum antibiótico resolvia… teve septicemia (uma condição de resposta exagerada a uma infecção no corpo, que causa disfunção orgânica, ou seja, dificulta o normal funcionamento do corpo). “Os médicos ‘desenganaram’ ele. Os rins pararam, precisou fazer muita diálise. Só estava piorando. Até o momento de eu falar com o Senhor: ‘Deus eu não aguento mais, isso não pertence a ele… que eu possa ir hoje e o Senhor falar da boca do médico que os rins dele voltaram’ – essa foi a minha oração. E naquele dia, foi questão de meia hora: Deus fez o milagre! Os rins voltaram a funcionar de uma hora pra outra. Nesse meio tempo, muita coisa aconteceu. Ele teve que tomar um antibiótico que seria a última cartada dos médicos…”, relata Kátia.

 

O poder da fé

Kátia enfatiza que a ação de Deus foi sentida já na hora do acidente, pois ele sobreviveu a uma descarga de alta tensão. “Ali já vimos o trabalhar de Deus e naquele momento começou o Senhor provando a minha fé e enviando pessoas para me ajudar. Tudo foi pela fé! As orações de cada um me ajudavam a suportar o desespero que estava dentro de mim; cada palavra, cada gesto, me alimentavam. Ajoelhava, usava o meu véu (somos da Congregação Cristã) e orava sem cessar. No dia em que o médico desenganou ele, foi uma luta espiritual: todos se juntaram em comunhão e muita oração por ele… pessoas daqui e até de outros países! Foi muito lindo: às 3h da manhã todos oraram e Deus agiu de uma forma inexplicável… sobrenatural, como o médico disse. A temperatura corporal e os batimentos voltaram ao normal. Foi muito lindo esse momento que Deus nos proporcionou”, relembra.

Ela ressalta que teve muito apoio da família, amigos, vizinhos, do pessoal da empresa em que Anderson trabalha, irmãos da igreja, pastores, pessoas de outras denominações religiosas e até desconhecidos. “Que amor lindo que tive! Todos estavam comigo naquela luta. Nessas horas, a gente vê o amor de verdade, que surge de pessoas que a gente menos espera. É muito gratificante saber que somos amados de verdade”, destaca.

Kátia relembra que cada dia era uma vitória em saber que ele estava respirando e em todos os momentos, Deus estava presente. “Mesmo nas piores horas, em que não aguentava mais… toda vez que entrava no quarto para ver o meu marido, pedia pra Deus ir primeiro; eu tremia a cada passo, mas quando abria a porta, a força não era minha… sentia Deus em mim”, enfatiza.

 

73 longos dias…

Os dias foram passando e apesar de todos os diagnósticos negativos que os médicos davam, Anderson foi se recuperando. Ficou 63 dias na UTI. Foi para o quarto, onde ficou mais 10… e após 73 dias, finalmente, ganhou alta do hospital e pôde voltar para casa. “Ele teve que praticamente reaprender a comer, a andar… e teve uma escara sacral (ferida causada por ficar na mesma posição), que ainda estamos tratando… sequelas tem um pouco no pé ainda, às vezes cai ao caminhar, por não ter firmeza; e no braço e mão o movimento é lento ainda, mas já consegue dirigir, andar de bicicleta e fazer algumas atividades físicas. Continua fazendo fisioterapia todos os dias, em busca da recuperação total”, explica Kátia.

 

Ser grato

Anderson conta que muita coisa mudou depois do acidente e de ver que Deus lhe deu uma nova chance de viver. “Passei a ver e sentir mais claramente o amor do Senhor para com nós. Ele me mostrando que ainda tenho algo pra fazer, um plano na minha vida para honra e glória Dele. Sou um milagre, não tem como não lembrar da bondade e misericórdia de Deus, porque não somos merecedores de tantas bênçãos. Deus teve misericórdia de mim. No meu cotidiano, mudou muita coisa: tive que entender que preciso ir devagar, tive que desacelerar; tenho que me esforçar e orar com a esperança que vou voltar a ser como antes, que vou superar e retornar ao meu trabalho, que gosto muito. Também passei a dar mais valor às pessoas, a ser mais grato. A minha fé aumentou muito”, ressalta.

Ele afirma que ainda está aprendendo todos os dias o querer de Deus. “Somos fracos e errantes, não somos merecedores… mas o amor de Deus é inexplicável. Deus é bom o tempo todo, o tempo todo Deus é bom! Minha esposa sempre diz que devemos viver um dia de cada vez e foi o que fizemos e agora muito mais; viver bem com a família, adorar a Deus, ser grato”, ressalta.

Uma das formas de Anderson adorar a Deus é através da música. “Faço parte da orquestra da Congregação Cristã no Brasil. Louvo a Deus com um Sax Tenor e ensino na parte musical. Amo tocar meu Sax, isso me ajuda muito nas horas difíceis: quando eu toco as notas, a presença de Deus me invade e vejo que não estou só”, finaliza.

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