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Corajosos – Atos 4:1

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Corajosos – Atos 4:1

Por Pastor Marcos André Schulz

Certo dia, os apóstolos Pedro e João estavam pregando no pátio do templo quando, repentinamente, foram surpreendidos pelos sacerdotes, saduceus e pelo capitão do templo. Em seguida, foram levados ao tribunal onde, corajosamente, responderam aos seus inquiridores. Esse episódio, somado a tantos outros na história da igreja cristã, denota a necessidade de cada cristão ser corajoso.

Alguns dias antes, os mesmos apóstolos, juntamente com outros, quase 120 discípulos, estavam acomodados em uma casa alugada em Jerusalém, no dia de Pentecostes. De repente, foram cheios do Espírito Santo e todos passaram a pregar com ousadia e coragem a Palavra de Deus em vários idiomas. Foi assim que nasceu a igreja cristã. O Espírito irrompeu em meio ao silêncio e temor, dando a cada cristão coragem para deixar as quatro paredes.

Dietrich Bonhoeffer, um dos maiores pensadores cristãos do século passado, entendeu bem o propósito da igreja na terra: “A igreja só é igreja quando o é para os de fora.”. Em outras palavras, Bonhoeffer estava dizendo que a igreja dentro das quatro paredes, é como uma luz debaixo de uma mesa, inapta para iluminar e, como o sal preso em um saleiro, incapaz de salgar. A igreja só tem relevância quando, como no dia de Pentecostes, deixar o comodismo e ir para o lado de fora. Mas para isso, é necessário coragem.

É preciso coragem para deixar a zona de conforto e ir para a zona de confronto. A igreja fora das quatro paredes se depara com a realidade dos marginalizados, dos injustos e dos injustiçados. Aos marginalizados, deve abraçar e amar. Diante dos injustos, não pode se calar. Ante a miséria dos injustiçados, se solidarizar. Num contexto de corrupção, os corruptos denunciar e pela verdade, somente pela verdade, se orientar. Coragem!

Coragem também se faz necessária para ensinar um novo estilo de vida. Os mesmos apóstolos Pedro e João, em outra oportunidade, curaram um coxo de nascença (Atos 3:6). Este que sobrevivia passou a viver. Pela primeira vez sorriu, pois ao invés de rastejar, agora pôde correr. Não é esse o trabalho da igreja? Ensinar a humanidade a viver plenamente através de Cristo. Sem Cristo, a humanidade apenas sobrevive. Ele é o único caminho, verdade e a vida. Não obstante, somente ensinamos quando vivemos. Então, vivamos como Cristo viveu. Isso requer coragem.

Viver para a glória de Deus é o fim principal do homem. Portanto, o propósito de todos os salvos. Para isso, coragem! Glorificar o Criador é fazer tudo o que fazemos como se o fazemos para Ele. E se fizermos bem feito, não reivindicar os méritos, mas credenciá-los aos atributos divinos. O Senhor é o doador da vida e o responsável pelas nossas virtudes. Olhemos, então, para a criação e façamos o melhor por e para ela. Não porque somos capazes ou carentes de reconhecimento por algo que realizemos, mas porque se o fizermos, Ele será glorificado. Coragem!

A igreja cristã carece de cristãos corajosos. E coragem quem dá é o Espírito Santo, através da oração, estudo da Palavra e intensa santificação. Busquemos então, pois ela nos falta: coragem. Coragem para sermos do lado de fora o que representamos ser do lado de dentro. Coragem para fazer diferença num mundo corrompido como o nosso, ensinando um novo estilo de vida por meio da vida de Cristo. Coragem para viver para a glória de Deus. Se fizermos seja o que for, o façamos com os olhos em Deus, somente Nele, não em nós, nem nos outros. Coragem!

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