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Depressão de Natal, isso existe?

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Depressão de Natal, isso existe?

A mídia, a sociedade, a comunidade religiosa e ainda mais o comércio atribuem às festas de final de ano como algo sempre alegre e positivo. Campanhas sociais de arrecadação de presentes e alimentos para essas datas, mostram que para muitos estes momentos não são de gozo e alegria.

As dificuldades não entram em recesso com as festas de final de ano, problemas de saúde, financeiros e de relacionamentos, permanecem. Muitas vezes fica difícil celebrar quando temos um familiar doente em fase terminal por exemplo. Situações como essa causarem tristeza é compreensível, mas e quando tudo está bem e se aproximando este período, começam sentimento de tristeza, desânimo, angústia, ansiedade, diminuição do apetite, libido, disposição, insônia ou sonolência excessiva sem causa nenhuma aparente? E observando por alguns anos consecutivos, se percebe que com a proximidade deste período, os mesmos sintomas ou semelhantes reaparecem. No Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM) há o Transtorno Afetivo Sazonal (TAS), conhecido como “Depressão Sazonal”, caracterizado por episódios afetivos recorrentes com relação a um período particular do ano. Embora inicialmente em estudos foi observado esse fenômeno em países frios nos períodos do ano com menor incidência solar, ele também foi sendo observado em países tropicais com grande incidência solar, em períodos específicos do ano ou em épocas de datas emotivas, indicando que não somente o clima iria interferir nesta oscilação de humor como também o estado psicológico das pessoas com relação a datas específicas.

Para os cristãos, associar tristeza à época do natal é algo muito difícil. Afinal é a época de celebrar a vinda do Messias. Em Lucas 2:10-11, o anjo anuncia aos reis magos ”Não tenham medo, estou trazendo boas novas de grande alegria para vocês, que são para todo o povo: Hoje na cidade de Davi, nasceu o salvador, que é Cristo, o Senhor”. Acrescentado ainda pela passagem de João 3:16 que relata o grande amor de Deus dando o seu filho unigênito, para salvar o mundo da condenação para a vida eterna. Mas não se trata de um sentimento de ingratidão relacionada a vida de Jesus, mas sim de uma doença que precisa de tratamento. Fomos dotados na criação de sentimentos, estes que Deus sabia que nos iria causar danos, por ser enganoso o coração do homem (Jeremias 17.9).

Conhecer os nossos sentimentos, estarmos atentos ás mudanças que ocorrem em nossos padrões é muito importante para a saúde mental. Buscar por um profissional para compreender e tratar os sofrimentos da alma é sempre uma escolha saudável. A nossa vida multitarefas, muitas vezes não nos permite parar, refletir e elaborar de forma assertiva e neutra sobre as nossas questões, por isso a necessidade da ajuda de um profissional de psicologia com conhecimento e técnica confiável para conduzir este processo.

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Psicóloga Luciana Borgmann Correia - Rehma Psicologia

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