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“Deus é um Deus de milagres e eu sou um verdadeiro milagre!”

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“Deus é um Deus de milagres e eu sou um verdadeiro milagre!”

Agosto é o mês em que comemora-se o Dia dos Pais. Para celebrar, trazemos uma reportagem muito especial, de um milagre lindo que o Senhor fez na vida do Lauri, que é um paizão para os seus filhos! Confira:

Lauri Boes (60), é pai de Karine Vanusa Boes (31 anos, casada com Robson Araujo) e de Eduardo Boes (23). É avô de Ivy (3), Cecília (2) e mais um que vai nascer em dezembro, além de dois anjinhos gêmeos (in memorian), Heitor e Miguel, que nasceram prematuros e viveram poucas horas em 2022.

Na infância e juventude, exerceu atividades na agricultura com seus pais e em meados de 1989, iniciaram atividades com transporte. “Em um primeiro momento, puxávamos milho e ração em bolsas e suínos e após um tempo, só na área de suínos, onde já faz 34 anos que atuamos em parceria com as empresas Copagril e Frimesa”, explica.

A empresa tem motoristas contratados e até o dia do seu acidente, Lauri acompanhava sempre de perto os trabalhos de “puxar” suínos, tanto nos fechamentos das cargas, como dirigir os caminhões, além de acompanhar os motoristas. Porém, um “dia mau” chegou em sua vida. “No dia 30 de agosto de 2022, às 23h45, eu estava acompanhando o motorista que a empresa tinha contratado naquela semana para repassar a rotina de carregamento, tanto na propriedade do produtor, quanto no frigorífico e na documentação. Em um determinado momento, quando a carga de suínos estava sendo realizada com os últimos suínos em cima do carregador para o caminhão, eu estava do lado parado para colocar os lacres do primeiro piso do caminhão, o carregador se deslocou do caminhão que estava no segundo piso, caindo e acertando o meu braço esquerdo e me derrubando e atingindo todo o lado esquerdo do meu corpo. Essa plataforma, juntamente com os 5 suínos e mais a pessoa que estava sobre ela, totalizava um peso de cerca de mil quilos”, relata.

Lauri destaca que todos que estavam lá na hora do carregamento, tanto a equipe de carregamento, produtor e motorista, tiraram ele de baixo daquele carregador e viram que sua perna poderia ter fratura e sangrava muito; chamaram uma ambulância. “A mesma se deslocou da cidade de Nova Santa Rosa para o distrito de Alto Santa Fé e chegando viram os ferimentos, solicitaram a presença do Samu, mas ninguém atendeu ao chamado e fizeram mesmo o socorro até o hospital de Nova Santa Rosa por causa do sangramento da perna. A minha irmã Claci solicitou via telefone que me levassem urgente para o Hospital Rondon, onde meus familiares estavam aguardando junto com a equipe médica”, ressalta.

A sua entrada no Hospital Rondon ocorreu por volta das 01h15 da madrugada do dia 31 de agosto de 2022. “Estava com muita dor e consciente: relatei o acidente para a equipe médica e foi quando, em primeiro momento, acharam que poderia ser fratura só de uma perna. Mas, após vários exames realizados, constataram  que eu estava com múltiplas fraturas, sendo fratura das duas pernas, braço  esquerdo, três costelas e com perfuração do pulmão esquerdo, fratura torácica com afundamento do mesmo e fratura da coluna! Fui levado urgentemente para o centro cirúrgico, onde começou a luta para a minha sobrevivência! Lá já estavam vários profissionais da área médica me aguardando para início da drenagem do pulmão e cirurgia das pernas e do braço fraturados; esses procedimentos perduraram por várias horas e enquanto eu estava no centro cirúrgico, a minha família estava angustiada, porque a situação era tão grave que a chance não era de 24 horas de vida. A minha irmã conta que ela passou por vários momentos de joelhos no banheiro do hospital suplicando a Deus por um milagre”, relembra emocionado.

 

“Você já está aqui na UTI há 12 dias!”

Após os procedimentos cirúrgicos, Lauri foi levado direto para a UTI, intubado e em coma induzido; a cirurgia da coluna ocorreu quatro dias após o acidente, onde colocaram três hastes de metal para reconstruir a mesma. “Permaneci em coma e intubado por 10 dias e no 12º dia, já acordado do coma, a minha irmã veio me ver novamente e eu perguntei: ‘que horas aconteceu essa noite o acidente?’… e ela disse: ‘Lauri, você já está aqui na UTI há 12 dias!’ Ela conta que a angústia era grande naqueles dias, pois os meus pulmões tiveram complicações; não se sabia sobre os meus movimentos, se eu os teria novamente… ela conta que muitos irmãos e as igrejas estavam em orações e transmitindo forças para mim e aos meus familiares. Aos poucos, fui melhorando e também veio a notícia tão esperada: que eu teria movimentos! Assim permaneci por 21 dias na UTI! Ao sair, fui levado para o quarto do hospital, precisando de ajuda em tudo: desde fraldas, para me alimentar, tomar banho e muitos curativos”, relembra.

 

Mais complicações…

Quando já tinha saído da UTI e estava há cinco dias no quarto, o seu pulmão não vinha mostrando melhoras adequadas. “Fui encaminhado para especialistas do Hospital Bom Samaritano na cidade de Maringá, onde permaneci internado por 20 dias e o meu pulmão foi curado e ao retornar para o Hospital Rondon, fui diagnosticado com uma bactéria na coluna: mais uma preocupação para todos, mas graças ao Bondoso Deus, com medicação correta, não precisei fazer outra cirurgia na coluna. Assim, permaneci internado no hospital por 57 dias”, explica.

 

“Não foi bem assim…”

Nos últimos dias de vida hospitalar, começaram a colocar Lauri na cadeira de rodas e iniciaram os exercícios para ficar em pé. “Foi quando eu vi a dificuldade que estava tendo e que perdi toda a massa muscular! Ainda na UTI, eu achava que eu iria levantar da cama e voltaria a caminhar sozinho, mas não foi bem assim. Tive muitos desafios”, explica.

Lauri recebeu alta no dia 27 de outubro e com muitas restrições médicas: sem visitas por 30 dias. “Fui levado para a casa dos meus pais, onde minha irmã adaptou o seu quarto para mim e estou sendo cuidado por ela e pelos meus pais. Os meus filhos ajudam na locomoção de fisioterapias que faço 3 vezes por semana e acompanhamentos médicos com os ortopedistas, tanto da coluna, quanto das pernas. A minha melhora vem acontecendo gradativamente e 6 meses depois do acidente deixei a cadeira de rodas, mesmo com órtese (a famosa parabólica) na perna esquerda e na perna direita com hastes internas, comecei a andar com apoio de andador, surpreendendo muito toda a equipe médica. Eles falam que eu sou um verdadeiro milagre de Deus! Provavelmente, vou precisar passar por mais procedimentos cirúrgicos com preenchimento ósseo futuramente na perna esquerda”, destaca.

 

Deus é maior!

Em meados de abril, precisou passar por mais um procedimento cirúrgico (retirada da vesícula e pedras na mesma) e apesar de todas as dificuldades, afirma que Deus sempre está com ele, mostrando que vai vencer. “Quando eu fui procurado para fazer essa reportagem, no primeiro momento, não quis aceitar, não estava bem emocionalmente, mas minha irmã que está sempre ao meu lado me cuidando e apoiando, dando forças e sempre me diz ‘DEUS É MAIOR’, me incentivou e aceitei contar o meu testemunho para dizer como DEUS é maravilhoso comigo. Tenho uma imensa gratidão dentro de mim, pelo apoio que estou tendo dos meus familiares, das pessoas e das igrejas que estavam e ainda estão em oração por minha recuperação total, à toda a equipe médica e de enfermagem, além dos demais profissionais do Hospital Rondon, Hospital Bom Samaritano de Maringá e aos fisioterapeutas que cuidaram e estão cuidando ainda de mim, para eu voltar a caminhar sem ajuda de andador, que é o meu maior desejo. Quero deixar registrada a minha gratidão à enfermeira e ao motorista da ambulância que prestaram os primeiros socorros, ao produtor da granja e toda à equipe de carregamento e ao motorista da empresa. Creio que Deus tem um grande propósito para mim. Deus é um Deus de milagres e eu sou um verdadeiro milagre!”, finaliza.

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