Há muitos anos, assisti ao filme secular “Todo Poderoso”, estrelado por Jim Carrey, e tirei deste filme várias lições. Uma delas foi a que mais modificou a minha forma de pensar sobre as respostas de Deus às nossas orações.
Quando o personagem principal perde o emprego, é agredido na rua e bate com o carro, ele coloca a culpa em Deus. Deus, por sua vez, aparece para ele e lhe dá a chance de ficar em seu lugar, com todos os poderes, pelo período de uma semana.
Num determinado momento do filme, ele passa a ouvir vozes e se dá conta de que são orações. Para não enlouquecer com tantos pedidos que recebe, ele cria um arquivo no computador com todos as solicitações humanas e, simplesmente, responde SIM a todas elas. Conclusão: milhares de pessoas acabam insatisfeitas com o que DEUS havia feito por elas. Tantas pessoas ganharam na loteria que o prêmio dividido deu um valor insignificante. Os preços baixaram tanto que o comércio entrou em colapso, a bolsa de valores entrou em queda e o mercado financeiro surtou.
Mas então, se nem todas as orações podem receber um “sim” sem causar um grande estrago, qual será o critério de Deus para responder os nossos pedidos de oração?
Tiago 4:3 diz o seguinte: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”.
Por isso é tão importante, ao orarmos, pedir coisas que “precisamos” e não coisas que “queremos”. Nem tudo o que nós queremos realmente precisamos ou vão nos fazer bem.
Uma história que ouvi ilustra muito bem isso. Certa vez, um filho pediu ao seu pai que lhe desse um carro de presente. O pai negou o pedido, mas o filho continuou insistindo, afinal, seu pai era um homem de muitas posses. O filho levou o pai até a garagem e argumentou: pai, estou vendo aqui dez carros de luxo. Estou lhe pedindo apenas um, pra que eu mesmo possa ir dirigindo para os meus compromissos.
O pai continuou negando o pedido ao filho. O filho julgava que o pai estava sendo egoísta, já que tinha tantas posses e negava-se a lhe dar pequena parte delas. Com o coração amargurado, ouviu do pai a explicação para não receber o carro como presente:
– Meu filho, não posso dar este carro para você porque você tem apenas 8 anos de idade. Você não está preparado para lidar com ele. Suas perninhas não alcançam o freio e o acelerador e você não tem força suficiente para girar o volante em uma curva. Quando você estiver pronto, lhe darei um carro.
Com toda certeza você agiria da mesma forma se desde o início da história soubesse a idade do filho. Mas o pai sabia. Assim como o Pai sabe quando estamos preparados para receber uma resposta de oração.
Não tenha pressa, quando pedir algo a Deus. Não queria que venha antes, nem depois. Que venha no tempo de Deus.