Lembro-me de quando era pequeno e meu pai voltava do trabalho; amava me esconder embaixo das cobertas, fingindo que não estava ali, esperando ele chegar e poder o pegar de surpresa. Ficava imóvel por uns 2 minutos talvez, o que para uma criança é uma eternidade, e quando meu pai se deitava na cama, eu aparecia com uma grande surpresa!
É claro que ele via o volume embaixo da coberta, e é claro que ele não se surpreendia nada com a minha aparição; na verdade, suspeito que minha mãe dava uma piscadinha para ele, acusando a minha posição, mesmo assim, era sempre uma alegria nos reencontrarmos!
Hoje, adulto, me pego pensando se ainda teríamos a inocência de brincar de tal maneira com nosso Papai do Céu. Será que ainda nos escondemos por pura inocência, por pura pureza, ou passamos a nos esconder por conta dos pecados que cometemos e envergonham nosso olhar?
Deus pode todas as coisas, e será que quando chegarmos nos céus Ele irá nos descobrir e nos encontrar feliz e sorridente, ou será que terá dificuldade com o peso do lençol, impregnado de pecado, ódio, dor e nossos atos cometidos aqui na Terra?
Desejo a todos sermos puros e simples como crianças, pois elas herdarão o Reino dos Céus.
Puro e Simples
Morada
Olha, Deus
O desenho que eu fiz pra ti
Esse aqui é o meu pai,
Essa aqui é a mamãe e o meu irmão
E esse aqui é você
E esse aqui é você
E esse aqui é você
Sabe, Deus
A minha mãe me falou mais cedo
Que, qualquer coisa
Que me der medo, posso correr pra você
Posso correr pra você
Posso correr pra você
Posso correr pra você
E quando chegar lá,
Será que você vai me encontrar?
Se eu ficar no meu lugar secreto, discreto, bem quieto
Esperando você me achar
(4x)
Um, dois, três, quatro, cinco,
Seis, sete, oito, nove, dez,
Onze, doze, treze, catorze, quinze,
Dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove,
Vinte, vinte e um, vinte e dois, vinte e três,
Vinte e quatro, vinte e cinco, vinte e seis,
Vinte e sete, vinte e oito, vinte e nove, trinta
Lá vou eu
