Por Pastora Mariana Wild
Desde que o mundo é mundo, o homem atravessa lutas e dificuldades. A luta não escolhe o público-alvo: é assim com homens e mulheres, graduados e analfabetos. Jovens e velhos, ricos e pobres. A luta bateu forte na porta do grande Apóstolo dos gentios, o Pregador da graça, o Apóstolo Paulo. Ele sabia bem o que dizia quando classificou a sua luta como “espinho”.
E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. (…). Porque quando estou fraco então sou forte. 2 Coríntios 12:7-10
A palavra grega para espinho, Skolops, era a palavra usada para identificar um pedaço de madeira mesmo. Obviamente, Paulo não tinha um pedaço de madeira cravado na carne, mas sim, certamente, ele tinha algo que o incomodava, e do qual queria desesperadamente se livrar. O que seria? Os estudiosos nunca chegaram a um consenso de qual seria essa circunstância difícil. Seja lá qual foi, acredito que o “espinho não-identificado” serve para que todos nós nos identifiquemos com ele. Afinal, quem não tem um espinho na carne? Quem de nós não possui uma limitação, uma vulnerabilidade, uma circunstância que gostaria de vencer? No entanto, o Apóstolo da Graça nos ensina uma valiosa lição: Você pode vencer, mesmo com o espinho!
“Foi-me posto” – aceite seus espinhos, as provações fazem parte da vida. Paulo descobriu a graça de viver com o espinho. Que graça é essa? A graça de ter o favor de Deus, sem importar a circunstância. Paulo foi transformado pela graça, e do começo ao fim do seu ministério, esta era a sua mensagem. Deus pode até não remover o meu espinho, mas eu serei feliz assim mesmo! Oramos por cargas mais leves, quando deveríamos orar por ombros mais fortes. Oramos para que pessoas difíceis sejam removidas da nossa, vida, quando deveríamos descobrir a graça de conviver com tais pessoas!
Paulo orou insistentemente. Ore também! Aceitar o espinho não quer dizer aceitar passivamente. Os espinhos nos levam ao lugar de oração, graças a Deus por eles! Todos aqueles que convivem com um espinho sabem que, se não fosse por ele, sua vida de oração seria rasa e sem graça. Mas as lutas nos fortalecem, nos treinam, nos motivam. Bendito seja esse espinho na carne, que me levou ao lugar secreto. O espinho também nos ajuda a ouvir a voz de Deus. Ao invés de perguntar “por que”, pergunte “para que”; O que o Senhor que me ensinar com isso? Dentre tantas lições particulares, talvez a mais especial é a que serve para mim e para você: no meio das nossas privações, provações, necessidades e tristezas, a graça do Senhor nos basta. Porque quando sou fraco, então é que sou forte. Que Deus te abençoe!