Por Igreja de Deus – Comunidade Emanuel de Marechal Cândido Rondon
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O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;
A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;
A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que ele seja glorificado.
Isaías 61:1-3
Era uma sociedade extremamente legalista, preocupada com as aparências e, muitas vezes, ignorando a voz dos que choravam; e em uma reunião na sinagoga de Nazaré, o relato do Evangelho segundo Lucas afirma que Jesus abriu a Escritura e começou a ler a profecia de Isaías 61, declarando ainda que havia começado o tempo do cumprimento daquela promessa. A partir daquele dia, as coisas seriam diferentes! Haveria consolo para o inconsolável, alegria para os entristecidos, louvor para os que nem se lembravam mais o tom da canção e, principalmente, boas notícias para todos os que cressem: libertação, liberdade, restauração. Era um tempo de descanso e refrigério, que alcançaria até as gerações vindouras.
Hoje, a responsabilidade da continuidade do ministério de Cristo está nas mãos da Igreja. Para muitos, a igreja pode ter sido um lugar como era a comunidade judaica nos tempos de Jesus: com muito tempo para observar os ritos, e pouco espaço para consolar o abatido. Talvez, um lugar de tristeza, de injustiças, ou de tantas coisas que não combinam com a Igreja de Cristo, na verdade. Mas, em tempos de crise, de luto, de desespero, podemos ser essa Comunidade Terapêutica! Um lugar que acolhe os desesperados, enxuga as lágrimas dos que choram e devolvem a esperança perdida em meio às circunstâncias que nos cercam. Mais do que antes, este é o tempo da Igreja, com sua voz de amor, com seu abraço de cura e com sua mensagem que diz, sem palavras: venha, há lugar pra você.
Nossa Comunidade, nas últimas semanas, se envolveu ativamente na batalha contra a Covid em nossa cidade. Foram dias de campanhas de oração, de jejum, de oferta, de doação, de palavras de fé; mas também foram dias de enxugar as lágrimas dos enlutados e de dar a mão a quem caminhava no vale da sombra da morte, sinalizando a presença do Supremo Pastor Jesus. Tudo isso nos devolvia uma grande questão, respondida por cada um de nós, em sua missão individual e diária: pra que servimos, se não for para acolher o que não tem mais esperança? Se não for para chorar com quem está chorando? Ou mesmo oferecer uma palavra que norteie o coração perdido? Que oportunidade temos tido nestes dias de medo e incertezas! No meio desta geração que vive in loco a pandemia, temos a graça de refletir a Cristo, com uma palavra que pode mudar tudo, com uma oração carregada de amor, que tem o poder de mudar um destino e substituir o abraço mais apertado, já que este não podemos, por hora, distribuir. Sim, o Reino de Deus chegou, e ele vem trazendo paz, justiça, alegria, esperança e força para atravessarmos desertos, vales e abismos, juntos, até que a noite cesse e o dia nasça outra vez. Que não ignoremos o clamor dos que choram ao nosso lado, e sejamos o eco da voz e do coração do nosso Mestre Jesus.
“Vendo Ele as multidões, compadeceu-se delas…” Mateus 9:35