Uma data importante na história do Brasil é o dia 13 de maio de 1888, data considerada como o “Dia da Abolição da Escravatura”, pois neste dia, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, dando liberdade aos escravos brasileiros, após quase 400 anos de escravidão. Porém, antes de 1888, a Princesa Isabel também foi responsável por assinar a “Lei do Ventre Livre”, em 1871, que estabeleceu a liberdade para os filhos de escravos; e a “Lei dos Sexagenários” (ou Lei Saraiva-Cotegipe), em 1885, beneficiando os negros maiores de 60 anos. O escritor Robert Daibert Junior considera Isabel como a “A redentora dos Escravos” (EDUSC).
Conforme definição do dicionário (dicionarioinformal.com.br): “Redentor é o que livra da escravidão ou das aflições”, sendo derivado do latim redemptore, que por sua vez significa “pagar resgate”.
Muito tempo antes, outro povo, o povo judeu, foi escravo no Egito, também por um período de 400 anos, sendo liberto do domínio do Faraó após a interferência de Deus, através de Moisés, que foi uma espécie de “redentor” para eles. Por outro lado, sabe-se que nos tempos do Antigo Testamento, era comum a prática da escravidão, contudo, diferente do Egito, com alguns direitos assegurados, como: a liberdade após sete anos de serviço (Ex. 21:2), o sustento do escravo pelo dono no início da liberdade (Dt. 15:12-14) e liberdade do escravo em caso de fuga (Dt.23:15-16). Além disso, havia algumas condições de alguém se tornar escravo, como: dívida (2Rs.4:2), pobreza (Lv.25:39) ou restituição de roubo (Ex.22:3).
Já no Novo Testamento, vemos o apóstolo Paulo escrevendo a Filemon, pedindo que a partir de que Onésimo (que era escravo de Filemon) aceitou a Cristo, ele passa a ser seu irmão, devendo ser tratado como tal (vers.16).
E Jesus, por sua vez, traz outra concepção de escravidão, nos revelando que “Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado” (Jo.9:34). Vemos aqui o pior tipo de escravidão: o pecado. Por causa do pecado, todos ficaram separados de Deus e condenados à morte. O apóstolo Paulo declara que “foi vendido como escravo ao pecado”(Rm.7:14), reconhecendo que “o pecado habita nele” (Rm.7:17).
Mas a boa notícia é que Deus enviou Jesus para nos libertar do pecado, “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm. 6:23). Sendo assim, nós também temos um redentor, que é Jesus Cristo, que pagou o preço do nosso resgate.
Apesar de a abolição ser uma conquista digna de comemoração, muitos historiadores relatam que os ex-escravos, que geralmente eram analfabetos, eram libertos sem qualquer indenização e muitas vezes, permaneciam servindo a seus senhores, vendendo seu trabalho em troca de sobrevivência. Da mesma forma, muitas pessoas, não reconhecendo o preço pago por Jesus pela nossa liberdade, continuam por decisão própria “escravizados” ao pecado: espero que este não seja o seu caso.
Assim, “Estejamos, pois firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não tornemos a meter-nos debaixo do jugo da servidão” (cfe. Gl.5:1). Viva a sua liberdade, conquistada por Cristo, o REDENTOR! E Deus lhe abençoe!