Você lembra-se de quando era criança e não via a hora de crescer? Queríamos crescer logo e tínhamos a impressão que os adultos sabiam mais, não é? Mas, você (adulto) já quis voltar a ser criança? Ou, ser como criança?
Gosto da canção intitulada ‘Abraça-me’ do cantor David Quinlan, com participação de Heloísa Rosa, que começa assim: “Quero ser como criança, te amar pelo que és. Voltar à inocência e acreditar em Ti. Mas às vezes sou levado pela vontade de crescer. Torno-me independente e deixo de simplesmente crer”.
Uma passagem bíblica bastante conhecida encontrada nos Evangelhos de Mateus 19:13-15, Marcos 10:13-16 e Lucas 18:15-17 relatam quando crianças são trazidas até Jesus. Conforme Lucas 19:13, as crianças eram trazidas para que Jesus “lhes impusesse as mãos e orasse por elas”. O pensamento daqueles pais deveria ser mais ou menos do tipo: “As crianças são o futuro: vamos abençoá-las (como pais Cristãos devemos fazer o mesmo) e elas também podem aprender ouvindo Jesus”. Contudo, os discípulos não tiveram o mesmo pensamento, e para que as crianças “não incomodassem”, tentaram impedi-las (Antes disto, os discípulos estavam ocupados com uma questão tida por eles como “importante” para o contexto social da época (veja Mateus 19:1 e seguintes). Aí que Jesus traz uma grande lição: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos Céus pertence aos que são semelhantes a elas.” (Mateus 19:14 – NVI).
Quando Jesus fala em sermos como crianças, Ele quer nos mostrar a simplicidade de buscar o Reino dos céus, sem cerimônias, sem rituais. Pense nos seus filhos (ou outras crianças). Elas não precisam de “algo especial” para vir no colo do pai (ou da mãe). Não tem momento certo, roupa certa, jeito certo, etc. É dessa simplicidade que Jesus está falando. Em outro momento, quando os discípulos discutiam quem seria o maior no Reino dos Céus, Jesus respondeu: “Eu lhes asseguro que, a não ser que se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos Céus”. (Mateus 18:3 – NVI).
O escritor Antonie de Saint-Exupéry, no livro “O Pequeno Príncipe”, declara que “As crianças têm de ter muita paciência com as pessoas grandes”, pois “elas têm sempre necessidade de explicações detalhadas”. Talvez Jesus, pensou algo semelhante, tipo: “Já falei tanto para vocês e não entendem! Vejam como as crianças são simples e correm para meus braços”.
Seguindo no versículo 4 de Mateus 18, Jesus complementa: “Portanto quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus” (NVI). As crianças entendem, sem maiores explicações, o que Jesus diz em Mateus 5:3 (ARA): “Bem-aventurado os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Além da humildade e simplicidade das crianças destacadas por Jesus, também podemos aprender com elas sobre dependência: toda criança depende de seus pais. Sejamos, também, dependentes de Deus em todas as áreas de nossas vidas;aAs crianças também demonstram confiança: toda criança confia plenamente em seus pais, ou naqueles que as cuidam. Vamos confiar em Deus sempre, e em todas as circunstâncias.
Que nós (adultos) possamos aprender com a humildade das crianças a nos achegar com simplicidade na presença do Senhor, confiando e dependendo totalmente Dele. E então, cantemos o refrão, da canção “Abraça-me”, que diz: “Não posso viver longe do teu amor… longe do teu afago… longe do teu abraço, Senhor”. Corramos como crianças, para os braços de Amor de Jesus!