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Amor de Mãe multiplicado por 4!

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Amor de Mãe multiplicado por 4!

“Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que Ele dá”

Salmos 127:3

 

Maio é o Mês das Mães! E para celebrar, trazemos uma reportagem linda, com uma mãe (e uma família) muito especial e abençoada! Uma história de desafios, medos… mas acima de tudo, de muita fé e milagres! Confira:

Geila Reguse Benetti (44 anos) e Daniel Benetti (40) moram em Marechal Cândido Rondon e se conheceram em uma van, indo a Toledo; ela lecionava em uma escola municipal daquele município e ele fazia faculdade na UTFPR. “Como eu era uma das últimas a entrar na van, o assento que estava vago era lá no fundo onde o Daniel costumava sentar e aí papo vai, papo vem, acabamos nos conhecendo melhor e iniciamos o namoro em 2010 e nos casamos no dia 09 de dezembro de 2017”, explica Geila.

Ela conta que sempre teve o sonho de ser mãe, assim como ocorre com grande parte das mulheres. “Quando o Daniel e eu iniciamos o namoro, ele estava começando uma nova faculdade, trabalhava à noite e durante o dia estudava. Ele falou que gostava muito de mim, mas que preferia primeiramente concluir seus estudos e o que ele recebia mal dava para manter os gastos com a faculdade. Eu já tinha 33 anos, fui fazendo as consultas de rotina com um médico daqui de Marechal, onde fui pontuando meu desejo de ser mãe e ele sempre me alertando para tentar ter um filho o quanto antes, de preferência por volta dos 35 anos… e o tempo foi passando, esperei o Daniel concluir a faculdade… ainda não tinha conseguido engravidar e já estava com 37 anos”, destaca.

Então, o médico de Geila sugeriu iniciar um tratamento com uma médica de Toledo, especialista na área. “Foi o que fiz: após inúmeros exames, iniciei o tratamento com um medicamento para estimular a ovulação. Fiz isso por um ano aproximadamente, sempre com acompanhamento médico. Para as mulheres que não conseguem engravidar de forma natural, é uma batalha muito grande, pois a cada mês que a resposta ao tratamento não é satisfatória, é muito dolorido, muitas lágrimas são derramadas; precisa de muita persistência, muita fé, para iniciar tudo novamente no mês seguinte. Até que eu decidi, em conversa com o Daniel, que iria fazer uma inseminação e se não desse certo, iria dar um tempo, viajar, visitar meus parentes em Santa Catarina… e tentar aceitar a ideia de que se eu ainda não tinha conseguido engravidar, com certeza, Deus tinha outros planos para a minha vida”, relata emocionada.

 

“Positivo”!

Diante da decisão, a inseminação artificial foi realizada em um hospital em Cascavel e já no primeiro procedimento, o resultado tão aguardado chegou! “Esperei alguns dias e fiz o exame de sangue, que deu positivo! Foi uma felicidade muito grande! Pulei de alegria”, relembra.

Dias depois, o casal foi à consulta para ver como estava a gestação. “Foi uma mistura de alegria e medo do que estava por vir, já que a médica iniciou o ultrassom e foi contando: ‘um, dois, três, quatro, cinco…’ quando ela chegou no dois, eu não sei explicar o que senti… não ouvi mais muita coisa! Aí perguntei: ‘doutora, são dois?’ Ela respondeu: ‘não, são cinco… mas um deles não está com os batimentos cardíacos normais’. Olhei pro Daniel e ele só disse: ‘meu Deus!’ Naquele momento, a médica recebeu uma notícia de que um familiar próximo estava com um grave problema de saúde e precisava ser internado às pressas e então, ela remarcou o nosso atendimento para mais tarde. Saímos de lá sem saber o que fazer e o que pensar. Não conseguimos nem conversar direito. No retorno ao consultório, a médica foi bem clara sobre os cuidados e riscos da gestação de múltiplos. Saímos de lá assustados e chorando. Quando chegamos em Marechal, os colegas de trabalho do Daniel nos orientaram a ir à Igreja e assim fizemos: oramos bastante e conversamos com o padre e saímos de lá aliviados. Segui a minha vida naturalmente, com muita fé em Deus, já que Ele está no controle de todas as coisas”, destaca.

 

Repouso…

Geila conta que, quando engravidou, ainda não havia casado e queria oficializar a união antes dos bebês nascerem. “A médica disse que seria melhor esperar, mas como achei que depois que eles nascessem não teríamos tempo para organizar tudo, agendamos e nos casamos em 09 de dezembro de 2017. Por menor que a cerimônia e comemoração tenha sido, fiquei agitada e cansada, pois a minha barriga já estava grande. Depois da cerimônia religiosa, antes de irmos ao local do jantar, fizemos algumas fotos e quando sentei para uma pose, percebi que algo havia ‘descido’… achei estranho… tomava uma medicação que causava uma secreção, mas não daquela forma. Continuamos com as fotos e fomos ao local do jantar. Quando Daniel abriu a porta do carro para eu descer, ele viu que meu vestido estava manchado de sangue! Rapidamente, ligou para a médica e ela disse que não tinha muito o que fazer, porque os bebês eram muito pequenos… se abortasse, não teriam como sobreviver. Voltamos a Marechal (a festa seria em Quatro Pontes, porque aqui não encontramos mais local para alugar para o evento), fomos até o hospital, onde a médica de plantão fez ultrassom e estava tudo ok com os bebês. Naquela fase, já sabíamos que seriam quatro, já que um (visto naquele primeiro ultrassom), não se desenvolveu. Fiquei internada por três dias, com bastante sangramento. Graças a Deus, cessou e ficou tudo bem. Mas, tive que parar de trabalhar e ficar de repouso. Entendi que ‘repouso’ seria não me esforçar muito, tipo lavar roupa, limpar a casa… e assim fui levando”, explica.

 

Os nomes…

Geila conta que souberam que seriam dois meninos e duas meninas em um exame bem detalhado realizado em Curitiba, pelos três meses de gestação. “Foi lindo! Dois casais! Ficamos muito emocionados com a notícia! A partir disso, escolhemos os nomes: Laura Isadora, Bruna Rafaela, Marco Antônio e João Paulo”, relata.

 

“Foi um choque!”

No dia 19 de janeiro de 2018, tinha uma consulta agendada em Toledo e foi verificado que faltavam apenas alguns milímetros para os bebês nascerem. “Aí a médica afirmou: ‘Geila, repouso absoluto: não levantar da cama, não caminhar pra nada… só com cadeira de rodas… você precisa cuidar muito. Nada de esforço!’ Foi um choque! Aí as coisas começaram a tomar outro rumo, com grandes dificuldades. Pegamos uma cadeira de rodas emprestada, mas ela não passava pelas portas; então usamos uma cadeira de rodinhas de escritório. Tomava muitos medicamentos e precisava ficar deitada, com horários para me alimentar corretamente e tudo mais. Minha sogra me assistia em todas as dificuldades. Dependia de alguém para tudo. Mais adiante, tive um problema de saúde muito sério, que quase culminou em uma cirurgia (graças a Deus, não precisou). Mas, a dor me impediu de me alimentar corretamente e após exames, precisei ficar internada para ter acompanhamento com nutricionista, para me recuperar. Se eu tivesse os bebês naquele momento, correria sérios riscos de vida! Após uma semana de internamento em Toledo, fui liberada, mas preferi ficar internada para esperar, já que tinha medo de ocorrer algo e não chegar a tempo no hospital para o nascimento”, explica.

Ela conta que não foram momento fáceis, mas que se apegou à Palavra de Deus. “Uma amiga mandava mensagens bíblicas diariamente, além de alguns grupos de oração que nos incluíram em seus pedidos e isso foi me fortalecendo. Vinham pensamentos ruins e medo, mas imediatamente, pegava o celular e ouvia a Palavra do Senhor com fé. Isso que me manteve em pé”, relata.

 

O dia tão esperado chegou…

Por volta dos sete meses de gestação, a médica percebeu que os bebês não estavam crescendo muito mais e que seria a hora de fazer o parto de maneira segura. Como não tinha UTI Neonatal para os quatro, foi transferida para um hospital de Cascavel, de ambulância, no dia 22 de março. “E no dia 23, por volta das 14h30, foi realizada a cesárea. A cada dois minutos, nascia um: Laura, com 1,660 kg e 40 cm; Marco – 1,500 kg e 39 cm; João – 1,440 kg e 41 cm; e Bruna – 1,400 kg e 39 cm. Foi emocionante! Não tive oportunidade de pegar eles no colo e isso foi difícil, mas estava feliz. Eles foram levados direto pra UTI e pude vê-los no dia seguinte”, destaca.

A Laura ficou 18 dias na UTI e foi para o quarto no hospital onde ficou por alguns dias. O Marco, ficou 21 dias e o João 22 dias, ficando todos no mesmo quarto junto com a Laura. “Foi um período de adaptação para todos nós, até receber alta. Porém, a Bruna não conseguiu atingir um peso mínimo para sair da UTI e vir junto com os irmãos. Nisso, os três receberam alta do hospital e vieram pra casa. E a Bruna acabou ficando 33 dias na UTI, porém saiu e pôde vir direto pra casa, com um peso aproximado de 2 kg. Como os três receberam alta no mesmo dia, precisamos fazer duas viagens de Cascavel para casa, devido às limitações do carro, pois estávamos em seis e o carro é para cinco e ainda tinha os ‘bebê conforto’”, relata.

 

Dificuldades e alegrias…

As maiores dificuldades mudam conforme a fase ou idade deles e dependem da particularidade de cada um. Mas o principal é a organização de tudo para que funcione o dia a dia da casa. E as alegrias? “Ver eles crescendo e o aprendizado. O carinho que eles têm por nós”, enfatiza.

 

Já com cinco aninhos!

Os quadrigêmeos completaram cinco anos recentemente, estudam numa turma do infantil V, todos na mesma sala. “Eles seguem uma rotina: acordam, tomam leite, com exceção da Laura que já abandonou a mamadeira por volta de dois anos, logo em seguida é o momento que a gente criou um termo, fazer uma ‘preguiceira’: tem um colchão na sala e enquanto acordam definitivamente vão assistindo programas educativos na televisão; depois é hora de cuidar da higiene bucal, pentear cabelos, logo em seguida fazemos algumas atividades ou de recorte, circuito psicomotor, pintura, algum trabalhinho é realizado, depois eles brincam livremente, com alguns desentendimentos às vezes. Em meio a isso, na metade da manhã tem a hora da fruta e perto das 11h, fila para o banho, almoçar, se preparar para ir para a escola. Diariamente, temos a Tata e a minha sogra que nos ajudam nos cuidados com os quatro. Quando retornam, no final da tarde, brincam um pouco, vão para o banho, hora da janta e 21h costumam ir para a cama, orar, conversar um pouco sobre como foi o dia… eles têm uma cama que o próprio avô fez, estilo montessoriano, com dois colchões de casal, então cabe todo mundo, junto com o pai e a mãe. E assim que dormem, vou para o meu quarto. Para este ano, como já estão grandes, estamos pensando em fazer as camas individuais, em beliches, pois estão pedindo para ajudar a arrumar a cama. Um projeto que o pai e o avô irão fazer”, destaca Geila.

Ela conta que é uma fase muito bonita da idade deles, são muito carinhosos, mas é uma rotina cansativa para os adultos, onde não existe férias, é o tempo todo em função deles.

 

Milagres!

O casal crê que os filhos são verdadeiros milagres. “Todas as chances de dar algo de errado eram muito altas. Porém, tudo ocorreu bem. Colocando as pessoas certas nos momentos certos e ajudando para que fosse possível trazer eles para casa com saúde. Queremos deixar registrado o nosso eterno agradecimento a todos que de alguma forma nos ajudaram, em especial aos avós e padrinhos das crianças”, finaliza.

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