Elias e o Mito da Caverna

 Pastora Mariana Wild – IDD Emanuel

Elias? Não seria Platão? Sim, a priori. O Mito da Caverna fala sobre o mundo das sombras, as crenças limitantes, e de pessoas vivendo seus medos. Nosso herói, Elias, poderia ser um personagem dessa alegoria de Platão Desgastado, procura um lugar pra se esconder, e ali, a caverna lhe mostra uma percepção um tanto quanto distorcida da realidade. A caverna mostrava a sua solidão, fraqueza e as sombras do lado de fora eram um tanto quanto assustadoras Não é assim? O lugar oculto nos fecha a visão e desencoraja. Do lado de fora, cenários que nos tiram as forças. Sensação de abandono. Uma névoa difícil de dissipar.

Até que ouvimos uma voz do lado de fora. Assustados, respondemos. Mas essa voz não repreende, não briga, não reclama. Essa voz nos dá um prato de comida e nos deixa descansar. Essa voz ouve as nossas queixas sem interrupções. Nos deixa lamentar, chorar e mostrar tudo o que estamos vendo. Uma vez. Duas vezes. Três vezes. Depois, essa mesma voz suave como brisa já não nos deixa lamentar tanto… mas abre os nossos olhos para uma nova realidade: calma aí, não é bem assim. Calma aí… você não está sozinho. Calma, Elias… vamos lá, volte pra batalha!

Elias, o profetaço, o invencível homem de Deus, foi quase vencido na caverna. Embora ninguém fora lá buscá-lo, Deus foi! E foi a melhor coisa que poderia ter acontecido, porque tem horas que ninguém vai aparecer, e isso é bom: o melhor remédio está sempre nas mãos do Pai.