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O que pode levar alguém a desistir da própria vida?

Psicologia

O que pode levar alguém a desistir da própria vida?

Uma pessoa emocionalmente saudável, que saiba lidar com as adversidades da vida, sendo resiliente e compreendendo as diferenças individuais e de cada fase vivida, certamente consegue superar qualquer dificuldade. Talvez esse seja um conceito que muitos acreditem, mas nem mesmo esse estereótipo perfeito e inalcançável poderia garantir que, em um determinado momento da vida, essa mesma pessoa não tenha sentimentos que a façam pensar em desistir de viver. Somos humanos e nossas emoções não são estáveis, cada um com sua história de vida e suas fraquezas, estamos sujeitos a influências externas. Somos um corpo físico, e nossa fisiologia poderá sofrer alterações que modificam as nossas emoções.

E o que isso tudo quer dizer? Que não somos uma máquina, somos seres biológicos, emocionais, sociais e espirituais e dessa forma vulneráveis em todas essas esferas, e é nessa complexidade da nossa criação que está a beleza da vida. Somos dotados de um enorme instinto de sobrevivência, que diante do perigo nos faz lutar ou fugir, mas, como aconteceu com Rei Davi que desejou a morte mesmo sendo um homem forte e temente a Deus (Salmo13), em algum período da vida pode ser que nosso instinto falhe e que não mais tenhamos força para lutar e nem fugir.

Observando os comportamentos atualmente, muitos hábitos de vida, ao invés de nos proteger são autodestrutivos, por falta de maturidade, de conhecimento e até mesmo por características de personalidade, mas alguns destes comportamentos já podem ser sinais e sintomas de alguma desestrutura emocional, por terem como alvo a autolesão, como no uso abusivo de álcool e drogas. É comum também ver adolescentes e jovens se cortando ou se ferindo, comportamento autopunitivo ou como alívio para o sofrimento emocional. Vivemos sob um bombardeio de novas informações e exigências que nos sobrecarrega. A primeira consciência que precisamos ter é que somos frágeis e que em algum momento da nossa vida podemos precisar de ajuda. Desistir da própria vida, mesmo seguindo princípios cristãos que condenam essa prática, às vezes, parece mais fácil. O mundo moderno é estressante e precisamos buscar uma forma sã de viver com tudo isso e nem sempre conseguimos. Não estamos livres de um desequilíbrio, químico ou emocional. O sofrimento psíquico às vezes é tão intenso que pensamentos invasivos irreais, como falar ou demonstrar esse sentimento pode piorar a situação e atrapalha a busca de ajuda.

Falar sobre o sofrimento, sempre será a melhor proteção e prevenção, devemos falar sobre o assunto, sem medo que isso possa sugestionar alguém. Pergunte abertamente se perceber no outro algum comportamento diferente, pergunte diretamente: “Você está pensando em morrer?” Fale sobre o seu pensamento se sentir desesperança da vida, sem medo de ser julgado.

Ninguém precisa superar sozinho, Deus nos criou sociáveis para que dessa forma pudéssemos amar uns aos outros (João13.34) e cuidar uns dos outros (Efésios4.32 – Mateus 20.28).

Frases de alerta!

“Vou desaparecer”

“Vou deixar vocês em paz”

“Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”

“É inútil tentar fazer algo para mudar, só morrer”

“Eu não aguento mais”

“Eu sou um perdedor e um peso pros outros”

“Os outros vão ser mais felizes sem mim”

“Preferiria estar morto”

“Eu não vejo mais saída”

“Eu preferia não ter nascido”

“Eu só estou cansado emocionalmente”

“Eu só quero que acabe”

“Eu quero é só dormir”

“Eu não consigo continuar assim”

“Eu quero ir para casa”

“Se algo acontecer você cuida pra mim…”

“Não consigo imaginar viver o resto da vida assim”

“Eu me sinto muito melhor”

“Eu queria sumir”

“Acho que não estarei aqui próxima semana”

Psicologia
Psicóloga Luciana Borgmann Correia - Rehma Psicologia

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