A opressão opera de fora para dentro; já a possessão, de dentro para fora. É sinal de que o diabo alcançou grande domínio sobre a vida da pessoa.
– Demônios controlam reações. Quando os demônios não apenas dominam o ambiente, mas passam a controlar uma pessoa, existe um típico caso de possessão. Em Mc 5:1-20 há um exemplo disso. O homem andava sempre nu; Lc 8:27, de noite e de dia clamando entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras.
– Quando uma pessoa está possessa, ela perde o controle de si mesma. O homem gadareno (Marcos 5) tinha o corpo dominado e usado por demônios, vv. 1-4; perdera a sensibilidade física (não sentia dor, frio, fome), v. 5, bem como o controle das faculdades: voz, ação, locomoção, vv. 6-7.
No entanto, depois de libertado por Jesus, foi encontrado assentado, vestido e em perfeito juízo. Outros casos de possessão demoníaca podem ser vistos em Mc 9:17-27; Mt 9:32, 33; 12:22. Alguns deles estão ligados a enfermidades.
– Opressão e possessão podem atingir o crente?
Quanto à opressão, o crente deve estar atento, pois o inimigo vai persegui-lo a cada dia, a cada esquina, a cada passo, para tentar derrubá-lo ou desviar de seu propósito de busca de santidade e da consequente comunhão com o Senhor. Ele anda ao derredor, apenas ao derredor.
Quanto à possessão, Ef. 1:13 diz que o verdadeiro crente é selado com o Espírito Santo e a Palavra também ensina que luz e trevas não têm como coexistir, Jo 8:12; 1:5; 12:46. O crente tem um só Senhor vivendo em seu coração e dirigindo sua vida. Assim, onde a luz entrou, as trevas desapareceram.
Quando o Espírito Santo entra na vida do cristão, transforma seu caráter e seu estado anterior de trevas, substituindo-os pela luz. Neste caso, a presença do Espírito Santo no crente, afasta a possibilidade de que as trevas tornem a dominar sua vida material e espiritual, At 26:18.
Na verdade, nossa batalha contra falhas pessoais e aberturas de brechas para que o inimigo possa atirar uma seta deve ser constante. Que nossas atitudes e as palavras que proferimos venham a se constituir em bênção a todos, Ef 4:29; que confessemos a vitória, Fp 4:3; que vigiemos e oremos em todo tempo, Mc 14:38; Lc 22:40.
Maior é o que está em nós. Deus nos chamou para abençoar a todos indistintamente. Abençoar é declarar o bem das pessoas, crendo que Deus endossará as nossas palavras. Abençoar é clamar a Deus em nosso benefício ou de alguém, Nm 22:6.
A vitória em Cristo – Fp 3:12-14
Cristo libertou-nos para que pudéssemos apresentar a Deus, voluntariamente, nossa adoração, reverência, fé, amor e esperança. Jesus nos devolveu a alegria de uma comunhão sincera com Deus. Nosso espírito está livre. Nossa alma, outrora escravizada pelo inimigo, estava oprimida, desfalecida. Contudo, agora, liberta por Deus, ela libera:
· A força do seu intelecto. Servimos a Deus com inteligência, Rm 12:2;
· A força emotiva. Antes, chorávamos de tristeza; agora choramos de alegria pela presença de Jesus, Sl 126:3;
· A força da memória. Esquecemo-nos do que ficou para trás, prosseguindo para o alvo da nossa vocação, isto é, do chamado por Deus, Fp 3:13;
· A força da consciência, fazendo tudo para agradar a Deus, de livre e espontânea vontade, 1Jo 3:22;
· A força do seu raciocínio, meditando e agradecendo a Deus pela grande salvação e libertação oferecidas por Jesus Cristo, Hb 2:3.