Essa música entrou na minha playlist do Spotify do nada, mas agora ela não sai mais dos meus ouvidos. Ela não engrandece a Deus, mas ela nos lembra do nosso lugar.
Somos frutos da vaidade, não dá pra negar; mesmo assim, a vida ainda vale a pena. Somos tão menos perto de Deus, somos muito perto de nós mesmos. Engraçado sermos tanto do que não queremos e o que queremos somos tão pouco.
A vaidade é um alimento daquele que não nos orgulhamos de levar o hálito na boca, mas não fazemos nada para evitá-lo. Parece que ao mesmo tempo que ela é um sentimento ruim, a gente gosta de manter bem pertinho de nós. É quase um animalzinho de estimação, alimentado diariamente: gostamos de manter por perto e às vezes, até fazemos carinho. A verdade é que gostamos de ser vaidosos, mas este é o principal motivo de nos afastarmos de Deus.
A Bíblia diz que a vaidade antecede a queda do homem, mas a honra está no homem que é humilde.
Nesta coluna, não quero dizer o que é certo ou errado, mas gostaria de tentar direcionar você a olhar para dentro de si. Tente identificar os pontos onde você percebe que a vaidade toma conta, mude o conceito sobre si mesmo e tente se revestir de pelo menos um pouquinho daquilo que Deus espera sermos.
Vaidade
Tanlan
Sou a criança que chorou logo ao nascer
O velho homem que morreu sem perceber
Eu sou o pó que se levanta de manhã e à noite, se foi
Sou a vontade incontrolável de chorar
A liberdade indesejável de errar
Eu sou um pouco menos do que eu quero
E muito mais do que não
Sou o desejo incorrigível de sorrir
A busca tão indiscutível por sentir
Um incompleto irresponsável
Pronto pra te dizer sim
Um hábito inútil, sem sentido, um vapor
Um indiscreto transitório, um louco sem pudor
Mas a vida ainda vale a pena
A vida ainda vale a pena
Eu sou o livro cuja capa não se pode ler
A dor e toda graça do que é viver
Eu sou o que sobrou de uma lembrança
A arrogância de ser
Sou egoísta e tento te dizer que não
O meu cinismo só revela a omissão
De quem assiste a um desfile triste
Um clichê em vão
A vaidade das vaidades, um vazio sem fim
A busca da realidade é o que me trouxe aqui
Silvana barbosa do bem
10 de julho de 2020 em 15:53
Que palavras fortes e profundas tocam a alma!